Os alvos foram identificados em operações anteriores, como a Lama Asfáltica, Mineração e Terceirização de Ouro
Esquema de fraudes em processos licitatórios descobertos em investigações anteriores, resultou em nova ação na manhã desta quarta-feira (10/7) quando força-tarefa envolvendo a Receita Federal, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal, deflagraram a Operação Casa de Ouro.
São sete mandados de busca e apreensão cumpridos em Campo Grande pelos agentes.
A intenção dos trabalhos, segundo a Receita Federal, é combater organização criminosa “especializada na fraude de certames licitatórios e no desvio de recursos públicos”.
Os alvos foram identificados em operações anteriores, como a Lama Asfáltica, Mineração e Terceirização de Ouro.
Conforme nota encaminhada à imprensa nesta manhã, as investigações decorrem da contratação indevida de empresa por meio de licitações fraudulentas.
Na ocasião, utiliza-se conluio prévio entre as pessoas jurídicas vinculadas participantes do certame e agentes públicos.
“Com base na análise do material apreendido nas operações anteriores, bem como dos dados obtidos no bojo da investigação com as quebras de sigilos bancários, fiscais e telemáticos, verificou-se que foram criados diversos mecanismos de blindagem para dissimular a destinação dos recursos debitados nas contas da empresa contratada antes de chegarem às contas do destinatário final”, diz em nota a Receita Federal do Brasil.
Parte desses valores era depositado em contas de outras pessoas jurídicas, porém, transações bancárias e documentos apreendidos evidenciam vínculos entre o beneficiário do crédito bancário.
O cumprimento das determinações judiciais na capital tem como objetivo demonstrar, via investigação, a existência de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro dos supostos envolvidos, “buscando a confirmação de transações imobiliárias ocultas, bem como movimentações financeiras envolvendo terceiros”, finaliza o material divulgado.
Participam da operação cinco auditores-fiscais e cinco analistas tributários da Receita Federal, além de 28 policiais federais, dois procuradores da República e dois servidores da CGU.