Mulher pedia R$ 1 mil para liberar mãe e filha; ela foi presa e polícia investiga tráfico de crianças
Uma operação da Polícia Civil, denominada Operação Protetor, resultou no resgate de uma mulher e sua filha recém-nascida, de apenas 11 dias de vida, na cidade de Antônio João, a 319 km de Campo Grande, na última quarta-feira (29).
A mãe, de origem paraguaia, veio ao Brasil para dar à luz a criança e combinou com uma mulher brasileira a entrega do bebê após o nascimento. No entanto, após o parto, a mãe decidiu não entregar a filha e a autora a manteve em cárcere privado, exigindo R$ 1 mil ou a entrega do bebê.
Sem condições de pagar e com medo por sua vida e a da criança, a mãe não conseguiu retornar ao Paraguai. Uma denúncia anônima levou a Polícia Civil ao local, onde a mãe e o bebê foram resgatados. A autora foi presa em flagrante por cárcere privado.
A Polícia Civil investiga o caso como possível tráfico de crianças, que envolve aliciamento e agenciamento de crianças para diversos fins, incluindo adoção ilegal. A delegada Maria Gabriela Vanoni, titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Fátima do Sul, responsável pelo caso ressalta que a investigação também pode envolver a Polícia Federal, caso haja transnacionalidade no crime.
O Conselho Tutelar entrou em contato com o Consulado Paraguaio para abrigar a mãe e a criança no Paraguai. A Polícia Civil acompanhou a entrega da mãe e filha às autoridades paraguaias.
A Operação Protetor demonstra o compromisso da Polícia Civil no combate ao tráfico de crianças e na proteção dos direitos das mulheres e crianças. O caso também evidencia a importância da denúncia anônima para a investigação de crimes e a garantia da segurança pública.
A situação vivida pela mãe e pelo bebê é um alerta para a necessidade de medidas de prevenção e combate ao tráfico de crianças, que viola os direitos humanos e causa graves traumas às vítimas.