Os golpistas utilizam técnicas de engenharia social para manipular as vítimas e obter informações confidenciais
O caso da mulher de 43 anos que perdeu R$ 85.910,00 mil em um golpe da “ligação do banco” em Campo Grande é um exemplo clássico de como os criminosos se aproveitam da confiança das pessoas para aplicar fraudes. A mulher procurou a delegacia nesta terça-feira (13) em Campo Grande.
Os golpistas utilizam técnicas de engenharia social para manipular as vítimas e obter informações confidenciais. No caso em questão, o criminoso se passou por um gerente bancário para ganhar a confiança da vítima.
A crescente utilização de serviços bancários online e a confiança que as pessoas depositam nas instituições financeiras tornam a população mais vulnerável a esse tipo de golpe.
À polícia, a vítima explicou que na sexta-feira (9) recebeu uma ligação de uma pessoa, que se passou por gerente da Caixa Econômica Federal de um órgão público da cidade. Então, ele questionou se ela teria feito transferências via PIX.
Diante da negativa da mulher, o golpista perguntou se ela teria uma outro telefone do modelo IPhone cadastrado para movimentação de sua conta. Isso, porque o modo de segurança do telefone atual teria sido excluído.
Disse ainda que a vítima teria que ir até a agência pessoalmente. Porém, ela falou que não poderia ir à agência.
Uma vez que o dinheiro é transferido, é muito difícil recuperá-lo, pois os criminosos utilizam contas e plataformas digitais para dificultar o rastreamento da origem dos fundos.
Além do prejuízo financeiro, as vítimas desses golpes sofrem um grande impacto psicológico, como a sensação de violação e a perda da confiança nas instituições.
Depois, o autor disse que a situação era bem complexa e havia necessidade de entrar em contato novamente com a vítima o outro dia, sábado (10). No sábado, ocorreu a mesma situação do link e ele disse que tentaria mais uma vez no domingo (11).
No domingo, ele pediu que a vítima fosse pessoalmente na agência, na segunda-feira (12). Assim, ela deveria efetivar novas senhas eletrônicas para realização de transação bancária.
Porém, a mulher não poderia conversar com funcionários da agência, pois as informações teriam saído de funcionários da agência. Com isso, a mulher procurou o banco.
Após sair, ainda conversou com o autor e foi orientada a fazer alguns procedimentos nos aplicativos do banco. Só na terça-feira (13) ela descobriu o golpe, quando voltou na agência.
Na ocasião, ela conversou com o gerente do banco e foi constatado que foram retirados R$ 63.699 de uma conta, R$ 11.316 de outra conta e R$ 10.895 de uma terceira conta da vítima.
O caso foi registrado como invasão de dispositivo informático e fraude eletrônica.