Ameaças e até divulgação de vídeos íntimos fazem parte da ficha criminal do homem de 40 anos que agora está preso preventivamente
George Edilton Dantas Gomes, o motorista preso por ajudar na fuga dos pistoleiros que mataram dois adolescentes de 13 anos por engano no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande, carrega um longo histórico de violência doméstica.
Ameaças e até divulgação de vídeos íntimos fazem parte da ficha criminal do homem de 40 anos. Para a polícia, o envolvimento com o mundo do crime é ainda maior.
George foi preso no domingo (5) e nesta terça-feira (7) teve a a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia.
Apesar de alegar ter sido contratado apenas como motorista e não saber nada sobre o crime, as investigações apontam que o homem conhecia Nicollas Inácio Souza da Silva, 18 anos, e João Vítor de Sousa Mendes, 19 anos, os dois executores do atentado.
Nicollas e João receberam a tarefa criminosa de matar Pedro Henrique Silva Rodrigues, 19 anos. Eles feriram o rapaz e mataram Asyla e Silas na ação. No dia, os dois estavam de moto e depois esconderem o veículo na casa de Rafael Mendes de Souza, que também foi preso, encontraram George para terminar a fuga. De acordo com as apurações, os três se conheciam de “longa data” e frequentemente o motorista ajudava os dois em seus crimes.
“George é motorista de aplicativo que, conforme os elementos de informações angariados, é acionado constantemente por Nicollas e João Vitor para realizar a função de motorista de fuga e transporte de ilícitos. Restou materializado que George tinha conhecimento a todo tempo da tentativa de execução de Pedro Henrique e estava posicionado estrategicamente para, quando Nicollas e João Vitor se desfizessem da motocicleta, facilitasse a fuga da forma mais célere possível, sem deixar vestígios”.
Essa não é a primeira vez que George vai parar na cadeia. Ele é dono de uma extensa ficha criminal e a maioria dos casos é de violência doméstica.
Em 2019 teve três boletins de ocorrência registrados contra ele com poucos dias de diferença: o primeiro no dia 2 de agosto por ameaça, no âmbito de violência doméstica contra a mulher. Dias depois, foi acusado de “divulgação de cena de estupro, sexo ou pornografia (violência doméstica contra a mulher)”, crime que cometeu em retaliação a denúncia feita a polícia.
Dois meses depois, descumpriu a medida protetiva contra a vítima.
No ano de 2022 foi preso preventivamente por violência doméstica e em 2023 voltou a ser acusado de ameaça.