Nesta quarta-feira (21), as 14 horas estava marcado depoimento do candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul Marquinhos Trad (PSD) sobre as acusações de assédio sexual pelas quais é investigado. No entanto, a defesa teria feito pedido para adiar o depoimento e o candidato não compareceu.
O ex-prefeito é investigado por estupro e favorecimento à prostituição que teriam sido cometidos no período em que ele era Chefe do Executivo.
A intimação do ex-prefeito de Campo Grande ocorreu nesta segunda-feira (19) e foi recebida pelas advogadas dele, Andreia Flores e Rejane Alves de Arruda.
A delegada da Deam, Maira Pacheco disse que não poderá dar mais detalhes porque o inquérito segue em segredo de justiça, mas as investigações estão em andamento e a polícia está apurando todos os possíveis casos imputados ao ex-prefeito.
“Estamos averiguando as situações para passar as informações corretas para a sociedade posteriormente”, afirmou.
Por volta das 13h30, um grupo de mulheres “Gritando por Justiça” estava reunido em frente à Delegacia de Defesa da Mulher (Deam) manifestando contra Marquinhos Trad.
As mulheres estavam com cartazes e hashtags contra a violência sexual e gritando por justiça. A líder, Cleonice Costa Silva, de 55 anos, pede para que todas as mulheres se unam na defesa da mulher que está sendo vítima de violência.
“Nós queremos justiça, porque um político deve ter lealdade e respeito ao povo que o elegeu. Nosso grito surgiu pelo nosso Estado ocupar o primeiro lugar em feminicídio. Isso é um absurdo”, diz indignada.
“Estou chocada com a atitude da população sul-mato-grossense e campo-grandense por não reagirem, não cobrarem resposta ao feminicídio, à violência contra a mulher, aos estupros”, completa
O ex-prefeito Marquinhos Trad está sendo investigado há mais de um mês por suposto casos de abusos sexuais na Capital.
No dia 09 de Agosto, a Prefeitura Municipal de Campo Grande foi alvo da investigação. As equipes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) estiveram no local.
No dia 31, quando o ex-servidor da Prefeitura de Campo Grande, Victor Hugo Ribeiro Nogueira da Silva, de 36 anos, foi preso por coagir testemunha a desmentir dpoimento dado à polícia.
A investigação foi aberta após as primeiras denúncias, feitas por quatro mulheres: duas de 32 anos, outra de 31, e uma mais jovem, de 21 anos. Marquinhos Trad admitiu relações extraconjugais, mas negou crime, classificando como mentirosas as denúncias de assédio sexual atribuídas a ele e estratégias de adversários durante campanha eleitoral.