“Eu sou culpado, não nego o que fiz. Só queria pedir perdão a todos por essa crueldade que fiz com ela. Só isso”, disse Cleber
A condenação de Cleber Corrêa Gomez a 25 anos de reclusão por feminicídio é um importante precedente e demonstra a necessidade de combate à violência contra a mulher. O caso de Natali Gabrieli da Silva, assim como tantos outros, revela a gravidade do problema e as consequências devastadoras para as famílias e a sociedade.
O assassinato de Natali foi cometido de forma brutal, com 15 facadas, evidenciando a violência e a crueldade do ato. A qualificadora de feminicídio demonstra o caráter misógino do crime.
A morte de Natali causou um sofrimento imenso para a família, em especial para a mãe, que agora precisa cuidar da neta, traumatizada pelo ocorrido.
O julgamento e a condenação de Cleber são importantes para garantir justiça à família de Natali e para servir como exemplo para outros casos.
O caso evidencia a necessidade de ações mais efetivas para prevenir a violência contra a mulher, como campanhas de conscientização, políticas públicas e o fortalecimento das redes de apoio às vítimas.
A condenação de Cleber reforça a importância da lei do feminicídio e serve como precedente para outros casos semelhantes.]
Casos como esse ajudam a conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência contra a mulher e a necessidade de mudar a cultura machista.
A repercussão do caso pode levar à criação e ao aprimoramento de políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres e o combate à violência doméstica.
É fundamental que as vítimas de violência doméstica tenham acesso a serviços especializados, como casas abrigo, assistência jurídica e acompanhamento psicológico.
Depoimento do réu
Chorando na frente dos jurados, Cleber disse que havia usado cocaína no dia do crime, além de ter ingerido cerca de seis latas de cerveja em um ‘social’ em sua casa. “Perdi a cabeça, fiquei cego na hora”, afirmou. Sobre a violência do feminicídio, Cleber não soube explicar. “Não sei, senhor, como nem por que corri atrás dela. Não me lembro de nada”, disse ao juiz.
“Eu sou culpado, não nego o que fiz. Só queria pedir perdão a todos por essa crueldade que fiz com ela. Só isso”, disse Cleber. Sobre as marcas e roxos no corpo de Natali, Cleber afirmou que eram das relações sexuais que o casal mantinha, e que nunca havia agredido a mulher.
Cleber ainda falou que a faca usada no crime era de uso da residência, e que depois de matar Natali tentou tirar a própria vida, mas não conseguiu. Ele ainda disse que no dia os dois haviam discutido, mas que tinham feito as pazes antes do crime.