Falta de agentes e manifestação prejudicam visitas na Gameleira II
A rotina de visitas na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II foi marcada por dificuldades nesta quarta-feira (4). Cerca de 30 pessoas aguardavam na chuva desde as primeiras horas da manhã para visitar seus familiares, mas a falta de agentes penitenciários, em decorrência de uma manifestação, causou atrasos e incertezas.
Rosilene Barbosa Carvalho, 51 anos, visita o filho semanalmente há dois anos e sempre chega cedo para garantir seu lugar na fila. No entanto, nesta quarta-feira, mesmo chegando antes das 7h, ela não conseguiu realizar a visita devido à demora no recolhimento das carteirinhas. “Isso significa que quem chegou por último não vai entrar para visita. Eu não acho justo que um entre e outro fique pra fora”, desabafa Rosilene.
A situação foi ainda mais complicada para Raquel, que veio de Bonito para visitar o marido e chegou na noite anterior em Campo Grande. A falta de informações sobre a manifestação dos agentes a deixou apreensiva. “Não é justo se toda vez que forem parar a vida deles (agentes), ou se fizerem greve, nós termos que pagar por isso”, reclama.
A direção da penitenciária informou que a falta de agentes se deve a uma paralisação em decorrência de horas extras não pagas. A medida, segundo a administração, é necessária para garantir a segurança tanto dos presos quanto dos visitantes. No entanto, a falta de comunicação prévia sobre a situação gerou insatisfação entre as famílias.