A carabina com cinco munições foi encontrada em uma fazenda em Terenos; em depoimento, José Carlos negou ser responsável pela arma
José Carlos de Santana Júnior, o “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, passou por audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (4), e teve liberdade concedida pelo crime de porte de arma de fogo. Porém, como havia mandado de prisão preventiva em seu nome, por denúncias de estupro, ele permanecerá atrás das grades.
A arma que resultou em flagrante é uma carabina de pressão adulterada para disparo de munições .22. Ela foi encontrada na fazenda do pai de José Carlos, em Terenos, no momento em que a Polícia Civil cumpria mandado de prisão preventiva.
O pai dele acompanhou a equipe e confirmou que a arma era do filho, contou que ele havia levado a carabina para lá no dia anterior, mas não sabia desde quanto ele a tinha. Já José Carlos negou desde o começo ser o dono da carabina.
Quem julgou o flagrante por porte de arma foi o juiz Francisco Vieira de Andrade Neto. Ao analisar o caso, o juiz não encontrou indícios suficientes para manter a prisão pelo crime, mas diante das graves acusações contra ele, decidiu aplicar medidas cautelares específicas.
“A aplicação das medidas cautelares farei de modo muito particular considerando toda particularidade do caso, em especial, as características pessoais do custodiado, extremamente preocupantes, com histórico de prática de crimes sexuais intenso, já com algumas condenações transitadas em julgado e algumas penas já cumpridas, como sendo um homem, em nosso Estado, com um rótulo de modo geral, que causa, inegavelmente, um pânico social”.
Na lista de medidas, Francisco Vieira de Andrade Neto determinou o comparecimento ao CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), a participação ao Grupo Reflexivo – Dialogando Igualdades – por 16 semanas, o comparecimento mensal e presencial ao tribunal, além da comprovação de que está indo ao grupo.
Por fim, o juiz ainda mandou que o suspeito use tornozeleira eletrônica por 180 dias.