Inquérito deve ser finalizado ainda nesta segunda-feira (9). Dois anos após cumprir pena por 10 estupros, José Carlos voltou a abusar de mulheres em Campo Grande
José Carlos de Santana Junior, conhecido como “Maníaco do Parque de MS”, deve ser indiciado por três crimes sexuais diferentes. De acordo com as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o suspeito abusou de pelo menos sete mulheres, sendo duas adolescentes. Câmeras de segurança registraram alguns dos ataques.
A delegada responsável pelo caso, Analu Ferraz, confirmou que José Carlos será indiciado por dois estupros consumados, dois estupros tentados e uma importunação sexual.
Os crimes cometidos contra duas adolescentes, de 14 e 17 anos, foram encaminhados à Delegacia de Atendimento Especializado à Criança e Adolescente (DEPCA). As denúncias destes crimes devem ser feitas pela própria delegacia.
O inquérito policial de José Carlos deve ser concluído ainda nesta segunda-feira (9), segundo informações da delegada Analu Ferraz. Após a finalização, o caso será encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que vai analisar se denuncia ou não o suspeito.
O suspeito voltou a ser preso no começo deste mês, dois anos após ficar ganhar liberdade. José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão, em regime fechado, cumprindo no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), pelo estupro de pelo menos 10 mulheres no Parque das Nações Indígenas.
Crimes em 2023
José Carlos de Santana Junior, conhecido como “Maníaco do Parque de MS”, rezava enquanto estuprava as vítimas, em Campo Grande, de acordo com relato das mulheres abusadas à polícia. Solto há dois anos após cumprir pena por uma série de 10 estupros.
Na nova sequência de ataques, José abusou de pelo menos cinco mulheres, de acordo com as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). Entre as vítimas estão duas adolescentes, de 14 e 17 anos.
Segundo a delegada Eliane Benicasa, o Maníaco tinha um modus operandi para cometer os crimes sexuais. José se aproximava das mulheres fingindo utilizar o telefone, abordava e perseguia as vítimas. Depois da perseguição, o ex-presidiário levava as vítimas para o veículo, onde praticava os crimes sexuais.
“Há relatos de que ele ficava rezando, orando durante o crime sexual. Ao todo, cinco vítimas fizeram o reconhecimento”.
De acordo com a delegada Elaine Benicasa, o homem estuprou outras quatro vítimas desde que foi solto, há dois anos. Segundo ela, José Carlos fingia que estava falando ao celular, abordava as vítimas fazendo menção que estava armado e cometia o crime.
Todas as cinco vítimas que procuraram a Deam reconheceram o suspeito. José Carlos de Santana Junior ainda não tem defesa constituída.
1ª condenação
José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão, em regime fechado, cumprindo no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), pelo estupro de pelo menos 10 mulheres no Parque das Nações Indígenas.
Durante o cumprimento da pena, o homem concluiu o ensino médio, tornou-se bacharel em processos gerenciais por uma universidade particular e concluiu a pós-graduação em coaching e liderança.
Com a progressão do regime, há dois anos João Carlos foi liberado e, recentemente, voltou a atacar mulheres. A delegada da Deam, Elaine Benicasa, informou que o homem é casado, mora em Campo Grande e foi preso em Terenos.