Confusão aconteceu no fim do banho de sol e preso também cobrava erva; agente sofreu ferimentos no nariz e preso
Dyonathan Celestrino, o “Maníaco da Cruz”, precisou ser contido na tarde de terça-feira (26), após atacar um policial penal do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), em Campo Grande. Segundo boletim de ocorrência, ele teria se negado a voltar para cela, logo depois de o banho de sol chegar ao fim.
A confusão aconteceu por volta das 16h, na Ala G da unidade de segurança. Dyonathan, custodiado há uma década devido à três assassinatos cometidos ainda na adolescência, na cidade de Rio Brilhante, também fazia exigências.
Conforme o registro policial, ele cobrava erva de tereré dos agentes e fazia ameaças de morte, caso a exigência não fosse cumprida.
Equipe de segurança foi acionada, mesmo assim, ele mostrou resistência. Chegou a se segurar em uma porta e, a todo momento, tentava agredir os plantonistas, de acordo com o registro.
Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração Sistema Penitenciário), o policial penal ferido a socos sofreu uma lesão no nariz e foi encaminhado imediatamente para atendimento médico. Ele está afastado do serviço e recebendo a atenção necessária.
Dyonathan também deve passar por avaliação médica, nesta quarta (27).
Crimes
“Maníaco da Cruz” vive em ala psiquiátrica do IPCG, em uma cela própria e com solário individual. A medida foi necessária, após laudos indicarem que ele possui incapacidade de conviver com outros internos.
Ele deve permanecer no local até, pelo menos, 2024. O prazo de internação foi reforçado em decisão recente do juiz responsável pela fiscalização do cumprimento da medida aplicada a Dyonathan.
Os crimes cometidos por ele foram registrados em 2018, aos seus 16 anos. Na época, Celestrino foi apreendido e cumpriu medida socioeducativa em Unei (Unidade Educacional de Internação) até os 21 anos.
Dyonathan deveria ter sido solto aos 18 anos, quando atingiu a maioridade penal. Mas, de acordo com o processo, ele não pode ser reinserido ao convívio social, com base em laudos que atestam que poderia voltar a matar.
Ele não é considerado preso, mas segue tutelado pelo estado. Como não há uma instituição adequada para recebê-lo, é mantido na ala psiquiátrica da penitenciária.