Justiça mantém julgamento conjunto de mãe e padrasto de Sophia
A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve o julgamento conjunto de Stephanie de Jesus da Silva, mãe da menina Sophia, e de Christian Campoçano Leitheim, padrasto da criança, pela morte da menina. A decisão foi tomada após a defesa de Stephanie alegar nulidades no processo e pedir o desmembramento do caso.
A defesa de Stephanie argumentou que houve excesso de linguagem na sentença de pronúncia e que a mãe está sendo julgada como cúmplice do assassino da própria filha. Além disso, a defesa alegou não ter recebido todas as mídias do processo e a necessidade de substituição de uma testemunha.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, negou o pedido de desmembramento, entendendo que não há motivos para separar os processos de mãe e padrasto. A decisão mantém ambos no banco dos réus.
A defesa de Christian, por sua vez, apontou uma irregularidade na anexação de um documento por parte da assistência de acusação. A irregularidade foi reconhecida e o documento será retirado do processo para evitar nulidades.
Sophia, de apenas 2 anos, foi encontrada morta em janeiro de 2023, apresentando lesões e sinais de violência sexual. A investigação apontou que a criança foi espancada até a morte pelo padrasto, enquanto a mãe é acusada de omissão.
O padrasto responde por homicídio qualificado e estupro de vulnerável, enquanto a mãe é acusada de homicídio doloso por omissão. A morte da menina chocou o país e gerou grande comoção.
O caso de Sophia gerou grande repercussão na mídia e na sociedade, levantando debates sobre a violência infantil e a importância da proteção das crianças. A manutenção do julgamento conjunto demonstra a gravidade dos crimes e a necessidade de que ambos os acusados respondam pelos seus atos.