Ação do Gaeco buscou desarticular a atuação do Comando Vermelho no âmbito estadual
Operação Bloodworm, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), alcançou um novo marco em seu combate ao Comando Vermelho em Mato Grosso do Sul. Em mais uma fase da operação, 18 pessoas foram condenadas a penas que somam 115 anos de prisão, por crimes como organização criminosa, tráfico de drogas e uso de arma de fogo.
A ação, que teve início há um ano e meio, revelou uma complexa estrutura criminosa estabelecida no estado. A facção carioca utilizava a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II como base para suas operações, coordenando crimes como roubos, tráfico de drogas e comércio de armas.
Um dos pontos mais relevantes da operação foi a identificação de cinco advogados que atuavam como intermediários entre os líderes da facção, que estavam presos, e seus comparsas em liberdade. Esses profissionais, conhecidos como “pombos-correios”, facilitavam a comunicação entre os criminosos e permitiam a continuidade das atividades ilícitas mesmo com os líderes encarcerados.
A investigação do Gaeco, que durou 15 meses, contou com a interceptação de comunicações e a coleta de provas que revelaram a tentativa do Comando Vermelho de dominar o crime organizado em Mato Grosso do Sul. A região era considerada estratégica para o mercado ilegal de drogas e armas, além de servir como “corredor de fuga” para outros criminosos. Justiça desarticula célula do Comando Vermelho em MS e aplica 100 anos de pena.
Com as condenações, as autoridades esperam enfraquecer significativamente a atuação da facção no estado e desmantelar a estrutura criminosa que vinha sendo construída. A operação também serve como um alerta para a necessidade de intensificar o combate à corrupção dentro dos sistemas prisional e policial, que são frequentemente utilizados pelas organizações criminosas para facilitar suas atividades.