Ronnie Lessa, assassino da vereadora, pode entregar mandante e advogado de defesa ameaça renunciar
Informações controversas ainda não permitem garantir que Ronnie Lessa, o ex-policial militar preso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes, fechou efetivamente um acordo de delação premiada para revelar detalhes do crime, sobretudo o mandante. Este acordo é esperado desde fins do ano passado, todavia a Justiça e a Polícia não haviam confirmado oficialmente.
O fato é que desde o final de semana praticamente toda a imprensa brasileira vem noticiando o acordo como fato consumado. Ainda assim, há uma ponta de dúvida, o que fez o advogado de defesa, Bruno Castro, avisar que abandonará o caso se Lessa, seu cliente, aceitar assinar um termo de delação. Castro foi enfático: “Não defendo delatores”.
Marielle e Anderson foram assassinados em março de 2018, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal aguarda novos depoimentos para fechar o caso, tanto de Lessa quanto de Maxwell Corrêa, que está preso em Brasília e também é suspeito de participação no caso. A primeira delação no caso foi de Élcio de Queiroz, que confessou o crime e diretamente implicou Ronnie Lessa e Maxwell.
ATÉ ABRIL
Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues havia dito no início deste mês que pretende concluir até abril o inquérito que investiga o duplo assassinato. Por se tratar de um inquérito sigiloso, a força policial não informou se já chegou ao mandante do crime. No mês passado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já havia dito que o caso seria “integralmente elucidado” em breve.