PF interceptou negociação entre Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o “Dom”, e Valter Martins
Investigações da Polícia Federal (PF) revelam detalhes das negociações entre os irmãos Marcel Martins Silva (35) e Valter Ulisses Martins Silva (27) com o traficante Antonio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, conhecido como “Motinha” ou “Dom”, um dos principais fornecedores de drogas na fronteira Brasil-Paraguai.
A PF obteve acesso a mensagens em nuvem trocadas entre “Dom” e Valter, com autorização judicial. As mensagens indicam negociação de cargas de cocaína, com “Dom” oferecendo 2.7 mil dólares por quilo e os irmãos pedindo 3 mil dólares. Eles planejavam transportar 4 cargas por mês, com os irmãos descontando uma dívida de 160 mil dólares das primeiras entregas.
Alexander Souza (do Paraná) e Carlos José Alencar Rodrigues, também presos. Entre as negociações de Marcel com “Dom” estão, uma chácara no Paraguai avaliada em 2,2 milhões de dólares (comprada por “Dom” da empresa Agrocanaã, dos irmãos). Um apartamento no Edifício Otto Sky View, em Joinville (SC), cotado em 1,2 milhão de dólares.
Atuação dos irmãos:
- Marcel: Líder e comandante da organização, preso em Dourados.
- Valter: Responsável pela logística, contato com fornecedores e outros operadores, foragido.
Histórico de Marcel:
- Cumpriu pena por tráfico no Paraná.
- Se instalou em Dourados, ostentando vida de luxo em condomínio de alto padrão.
- Sócio de duas empresas: Efraim Incorporadora e Primeira Linha Acabamentos.
Financiamento do tráfico:
- “Dom” pedia dinheiro a Valter para pagar fornecedores bolivianos de cocaína.
- “Bola” era a referência usada pelos traficantes para se referir à Bolívia, principal produtora da cocaína operada no Paraguai.
Situação atual:
- Marcel, Valter, Alexander e Carlos estão presos.
- “Dom” continua foragido e na lista da Interpol.
- A PF busca apreender os bens dos investigados.
A Operação Prime:
- Deflagrada em 15 de maio de 2024.
- Além dos irmãos Silva, prendeu outros membros da organização e apreendeu bens e drogas.
- Investiga a atuação de “Dom” e sua rede de tráfico internacional de drogas.
