O esquema criminoso começou a ser desvendado pela Polícia Federal, mas uma determinação judicial mandou a investigação para a 1ª Delegacia de Polícia Civil
Uma investigação de seis anos descobriu que 34 taxistas de Campo Grande estavam cadastrados no sistema da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte)) com documentos falsos.
O esquema criminoso começou a ser desvendado pela Polícia Federal, mas uma determinação judicial mandou a investigação para a 1ª Delegacia de Polícia Civil. Nessa segunda-feira (28) as apurações terminaram com 32 homens e 2 mulheres indiciados pelo crime.
Para entender a investigação, é preciso voltar em 2014, quando a Polícia Federal e o Ministério Público Federal começaram a receber as primeiras denúncias sobre a fraude durante a renovação dos cadastros profissionais.
Naquele ano, três motoristas foram identificados por apresentarem DRSCI (Declarações de Regularidade de Situação de Contribuinte individual) – documentos são emitidos pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) – falsificadas.
Foi constatado ainda que o NIT (Número de Identificação do Trabalhador) das declarações eram “controversos e inexistentes”.
Diante da necessidade de uma melhor investigação do esquema criminoso, a Justiça Federal determinou que o caso fosse enviado e Justiça Estadual. Em 2018, a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande assumiu o caso.
Ao longo dos anos, foi descoberto dezenas de taxistas que se encontravam na mesma situação dos três indicados pela Polícia Federal anos atrás.
“Foram indiciados 32 homens e 2 mulheres, totalizando 34 pessoas, todos como incursos no crime de uso de documento público falso”, divulgou a Polícia Civil.
Agora o inquérito será enviado ao Poder Judiciário.