Celina Leão (PP) também afirmou que o corpo não foi periciado devido a presença de artefatos
O responsável pelas explosões da Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), tentou invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, 13.
“Logo depois do momento da explosão, o cidadão tentou adentrar ao prédio, não conseguiu e teve a explosão alí na porta”, falou aos jornalistas. Durante a ação, duas explosões aconteceram em um intervalo de cerca de 20 segundos.
De acordo com Leão, as investigações buscam identificar o suspeito, que morreu no local, e a sua motivação. Até às 22h34, o corpo da vítima permanecia em frente ao STF. Junto a ele foram encontrados artefatos explosivos. O corpo será retirado apenas ao final da varredura antibombas.
A informação preliminar é de que o ataque tenha sido obra de um lobo solitário na forma de um suicídio. Ainda segundo Celina, a identidade da vítima só será confirmada após a perícia.
No entanto, já circula nas redes sociais a suposta identidade do autor do incidente; Francisco Wanderley Luiz de 59 anos, natural de Santa Catarina, que foi candidato a vereador, em município do estado, pelo Partido Liberal (PL).
Ele seria o dono do carro com explosivos encontrado próximo ao local. De acordo com informações da Polícia Militar do Distrito Federal ao Estadão, o carro, com placa de Santa Catarina, foi parcialmente destruído pela explosão.
Em nota, o STF confirmou que “dois fortes estrondos foram ouvidos” ao final da sessão de hoje e que os ministros, servidores e colaboradores foram retirados do prédio
“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira, 13, dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, diz o comunicado.
A gravidade do caso desta mobilizou o Palácio do Alvorada, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros do STF e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir os desdobramentos e iniciar uma investigação sobre o ocorrido. A expectativa é que o ministro Alexandre de Moraes, relator de outros casos envolvendo atos antidemocráticos, assuma a condução desse novo inquérito.
Suspeito circulou pela Câmara
Suspeito do ataque foi visto circulando pelo Anexo 4 da Câmara dos Deputados durante o dia, conforme informado pelo chefe de segurança da Casa. Essa área abriga a maioria dos gabinetes parlamentares e permite entrada livre ao público, bastando apenas passar por detectores de metais, sem revista aprofundada. Testemunhas relataram que o homem carregava explosivos junto ao corpo e os acionou ao lado da icônica estátua da Justiça, em frente ao Supremo.