Samuel Góes foi preso em clínica para tratamento de dependentes químicos, na Capital
Suspeito de torturar e manter a namorada – de apenas 17 anos – em cárcere privado, Samuel Góes dos Santos, de 27 anos, é viciado em drogas, segundo o irmão dele, o policial militar Marcelo Góes. Conforme o militar, Samuel foi diagnosticado com esquizofrenia quando criança e estava afastado do trabalho devido à problemas psiquiátricos.
Ele foi preso na madrugada desta quinta-feira (19), em uma clínica de recuperação para dependentes químicos, em Campo Grande. Ele estava foragido desde a última terça-feira (17) e foi capturado por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
A informação da prisão foi confirmada pelo irmão de Samuel. “Sofremos há muito tempo ajudando ele na luta contra a dependência química. Ele tem passado mais tempo recluso nas clínicas do que vivendo em sociedade”, revelou o policial, dizendo que está muito triste com toda a situação.
Histórico de suicídio
Laudo psiquiátrico a que a Folha de Campo Grande teve acesso atesta a necessidade de afastamento de Samuel do trabalho. O documento salienta que Samuel tem “histórico de suicídio real” e que desde 2016 ele foi internado em clínicas de reabilitação, para tratamento dos transtornos mentais causados pelo uso de drogas.
“(Samuel) se encontra em crise de recaída, apresentando sintomas como: tensão, ansiedade manifestada de forma ansiosa com intenso sofrimento psíquico que gera afastamento social e perda das capacidades de relação interpessoal. Concentração diminuída, sensação de perigo, tristeza, labilidade emocional, insônia inicial e intermediaria”, diz o laudo.
No atestado, médico psiquiatra ainda justifica que Samuel fez uso de medicações “que não apresentaram melhoras e em decorrência disso foram sendo alteradas no decorrer do agravamento de seus sintomas”.
Os sintomas são elencados pelo profissional para embasar o argumento de que Samuel necessitava ser afastado do trabalho pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), recebendo auxílio doença por três meses, “pois o mesmo não se encontra capaz de gerir seu próprio sustento e possui o inúmeras despesas médicas, medicamentosas e despesas do seu próprio lar”.