Produtos comprados nunca chegaram ao hospital e atualmente estão em falta
Logo nas primeiras horas desta quarta-feira (7), policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em Campo Grande e em Itajaí (SC). As investigações apontaram um desvio de R$ 14 milhões por meio de compras fraudadas do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS).
Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deu detalhes de como os desvios de verbas eram feitos. Uma das compras simuladas foi para a aquisição de contraste no valor de R$ 2,5 milhões, quantidade que seria suficiente para cerca de quatro anos de serviço. Entretanto, o material está em falta no hospital há meses.
As investigações do Gecoc apuram os crimes de associação criminosa, licitação, emissão de notas fiscais falsas, falsidade ideológica e peculato, em razão da simulação de procedimentos de compra e venda de produtos jamais entregues ao HRMS.
Os mandados de busca e apreensão têm como alvos pessoas físicas e jurídicas.
Participam da operação os integrantes do Gecoc, dos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco’s) de Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, além de policiais militares do Bope.
Loja de produtos hospitalares foi alvo da operação
O Gaeco cumpriu na manhã desta quarta-feira (7) mandado de busca e apreensão em uma loja de produtos hospitalares no Bairro Vila Glória, em Campo Grande. Outro mandado foi cumprido simultaneamente em uma corretora de imóveis no Centro.