Ação mira lavagem de dinheiro dentro da federação, que tem 7 alvos de prisão em MS
Em uma ação conjunta contra a lavagem de dinheiro na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) já apreendeu dentro da casa de Francisco Cezário de Oliveira, R$ 800 mil em espécie. Denominada “Cartão Vermelho”, a operação cumpre 7 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
As investigações, que duraram 20 meses, apontaram a existência de uma organização criminosa na FFMS cujo objetivo era desviar recursos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul (via convênio, subvenção ou termo de fomento) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para benefício próprio e de terceiros.
Um dos métodos de desvio consistia na realização frequente de saques em espécie de contas bancárias da FFMS, em valores inferiores a R$ 5 mil para evitar o acionamento de mecanismos de controle. Mais de 1.200 saques dessa natureza foram realizados, totalizando R$ 3 milhões.
Outro esquema identificado foi o desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado de MS para jogos do Campeonato Estadual de Futebol. As quantias desviadas eram repassadas aos membros da organização criminosa.
Ao longo de 20 meses, entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, o total desviado da FFMS ultrapassou R$ 6 milhões.
Outro esquema identificado foi o desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado de MS para jogos do Campeonato Estadual de Futebol. As quantias desviadas eram repassadas aos membros da organização criminosa.
Ao longo de 20 meses, entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, o total desviado da FFMS ultrapassou R$ 6 milhões.
Na manhã desta terça-feira (21), sete pessoas foram alvos de mandados de prisão e 14 imóveis foram alvo de busca e apreensão. Equipes do Gaeco, com apoio da Polícia Militar, cumprem as ordens judiciais. Na casa do presidente da FFMS, Francisco Cezário de Oliveira, 77 anos, foi apreendida quantia superior a R$ 800 mil em espécie.
Devido à condição de advogado do presidente da Federação, a operação conta com a participação de representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil.
O nome “Cartão Vermelho” é uma alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol, simbolizando a expulsão da FFMS do cenário esportivo por suas práticas ilícitas.
A Operação Cartão Vermelho demonstra o compromisso do Gaeco em combater a corrupção e a lavagem de dinheiro, especialmente em entidades que deveriam servir ao bem-estar da sociedade.