Ele se passava por pecuarista, se aproximava dessas mulheres, envolvia elas emocionalmente e aplicava golpes; os prejuízo ultrapassam R$ 2 milhões para as vítimas
Foragido da justiça de Mato Grosso do Sul desde o mês passado, Teodoro Cassiano Cardoso, de 55 anos, conhecido como o “Fazendeiro do Amor”, foi capturado nessa segunda-feira (12) em São José dos Pinhais, no Paraná. Ele é investigado por convencer mulheres de todo o país a transferir dinheiro e propriedades para o nome dele por amor.
Estelionatário conhecido da polícia, Teodoro era procurado pela justiça de Campo Grande por aplicar o golpe em uma moradora de Mato Grosso do Sul. Assim como diversas mulheres, ela se relacionou com o homem e após um tempo foi convencida a transferir propriedades para ele.
Depois de conseguir o controle dos bens da mulher, ele sumiu. Segundo a polícia, Teodoro também fazia com que as vítimas vendessem propriedades para terceiros e repassassem os valores para sua conta. Pouco depois, arrumava motivos para terminar e fugia.
O “Fazendeiro do Amor” foi encontrado em São José dos Pinhais, onde desde o início de setembro morava com uma mulher, uma possível vítima. “Pessoas em volta dessa senhora procuraram a Guarda Municipal e comentaram a situação sobre o envolvimento abusivo dele nessa questão financeira”, contou o chefe de operações da guarda do município Marciano Carlos Barreto aoG1 Paraná.
Diante da denúncia, ele foi capturado.
Ao Encontro, o delegado Fábio Machado revelou que Teodoro cometeu golpes em, pelo menos, três estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.
“Ele se passava por pecuarista, se aproximava dessas mulheres, envolvia elas emocionalmente e aplicava golpes, fazia com que elas transferissem valores, propriedades e depois ele fugia. Uma das vítimas acabou entregando a única casa que tinha para ele”, contou o delegado. Os crimes que ele cometeu ultrapassam prejuízo de R$ 2 milhões para as vítimas.
Não há o número exato de vítimas, mas segundo a polícia, várias mulheres caíram na “lábia” do suposto fazendeiro. Na delegacia, Teodoro negou os crimes. Alegou ser pecuarista e justificou que apenas “fez negócios e as pessoas não estariam satisfeitas”.