Nesta sexta-feira (23), uma equipe de policiais civis do GOI – Grupo de Operações e Investigações recebeu informações acerca do paradeiro de indivíduo com mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça do Rio de Janeiro por crime de tortura e que também é apontado como suspeito de participação do crime de roubo seguido de morte de um empresário francês, ocorrido naquele Estado em agosto desse ano.
Em checagem ao Banco Nacional de Mandados de Prisão, foi constatado mandado de prisão contra Alessandro de Azevedo Monteiro.
Ele é o falso engenheiro acusado de ser o autor do assassinato a marteladas do francês Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, 25, em 28 de agosto.
Checando uma informação e diante do mandado de prisão expedido no dia 6 de outubro pela Justiça do Rio, o GOI fez batida em um pensionato da Avenida Mato Grosso, onde Alessandro foi localizado. Um funcionário contou que ele estava morando no local.
No quarto, Alessandro não resistiu à prisão e ainda afirmou que “já esperava a polícia”. Ele foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro de Campo Grande.
Diante da tortura, a polícia descobriu que a vítima havia se desentendido com um homem que contratou para fazer a reforma do imóvel. Alessandro se passou por engenheiro após um anúncio e procurou Rodolphe. Eles assinaram contrato no dia 20 de julho no valor de R$ 180 mil e a vítima pagou um terço acertado, de R$ 60 mil.
A partir de então, eles começaram a ter divergência, pois Alessandro parou de prestar o serviço. Rodolphe descobriu que Alessandro não era engenheiro e já tinha ficha criminal, decidindo que iria entrar com uma ação contra ele. Foi quando Alessandro decidiu matá-lo.
No dia 27 de agosto, o trio foi até o imóvel, onde amarram a vítima e a agrediram com marteladas. Eles fugiram do local levando um aparelho iPhone 11 ProMax, um Playstation 5 e um MacBook, que foram vendidos a receptadores na manhã seguinte. A polícia conseguiu identificar os receptadores e recuperou todos os bens.
O pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice foi torturado com marteladas e morto dentro de uma casa que ele comprou para reformar e transformar em pousada na zona oeste do Rio de Janeiro. A polícia, quando o corpo foi encontrado no dia 28 de agosto deste ano, apurava latrocínio – roubo seguido de morte – contudo, a violência empregada no crime chamou a atenção.