Estagiário de Direito ludibriava clientes e portava arma de fogo ilegalmente
Em um golpe que chocou a cidade, Bruno Henrique Aristimunho Lima, um estagiário de Direito sem registro na OAB, foi preso em flagrante na tarde desta quarta-feira (30) por estelionato e porte ilegal de arma de fogo. O falso advogado vinha se passando por profissional da área jurídica e exigindo altas quantias em dinheiro de seus clientes para dar andamento em processos judiciais que, na verdade, nunca existiram.
Uma das vítimas, que procurou Bruno para dar entrada em um processo de divórcio, relatou à polícia ter sido enganada por meses. O falso advogado solicitava diversas vezes valores para pagamento de taxas cartorárias e outros serviços, mas nunca apresentava qualquer comprovante da movimentação dos processos. A mulher estima ter perdido cerca de R$ 600 mil em golpes.
A prisão de Bruno ocorreu após uma nova vítima procurar a DEPAC do Centro para registrar um boletim de ocorrência. Enquanto a mulher relatava os fatos, o falso advogado entrou em contato exigindo mais dinheiro. A polícia, então, montou uma operação para prender o estelionatário em flagrante.
Durante a abordagem, realizada no estacionamento do Supermercado Carrefour, no Shopping Campo Grande, os policiais encontraram um revólver calibre 38 com numeração raspada dentro do veículo de Bruno. Além do crime de estelionato, o estagiário de Direito responderá também pelo porte ilegal de arma de fogo.
A polícia civil investiga agora o número exato de vítimas de Bruno Henrique e o valor total do prejuízo causado. As autoridades acreditam que o esquema pode ter se estendido por um longo período e envolvido diversas pessoas.
As vítimas, que buscavam soluções para seus problemas jurídicos, foram exploradas de forma covarde pelo falso advogado. A confiança depositada em um profissional da área jurídica foi traída de maneira cruel, causando um grande impacto emocional e financeiro.
Casos como esse servem como um alerta para a importância de verificar a qualificação profissional de advogados antes de contratá-los. A OAB disponibiliza ferramentas online para consulta da inscrição profissional, evitando que pessoas de má fé se aproveitem da vulnerabilidade de cidadãos que buscam por justiça.
A polícia civil reforça a importância de que outras possíveis vítimas de Bruno Henrique denunciem o caso. A colaboração da população é fundamental para que crimes como este sejam investigados e os responsáveis sejam punidos.