Joelma foi morta pelo ex-marido Leonardo dentro de casa, na capital. Filhos da mulher viram a mãe ser morta. Homem foi preso em flagrante e vai responder pelo feminicídio alega fim de relação como motivo para feminicídio
Joelma da Silva, de 33 anos , assassinada nesta quarta-feira (21) – foi morta com nove facadas, de acordo com a perícia informada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). O ex-marido da vítima Leonardo da Silva Lima, de 38, foi preso em flagrante pelo feminicídio.
Em coletiva de imprensa, as delegada responsável pelo caso, Elaine Benicasa, disse que Leandro não aceitava o fim do relacionamento com Joelma. A delegada apresentou detalhes do caso, que não destoa de outros feminicídios.
Segundo a delegada, a mulher não queria seguir com a relação. À polícia, Leandro disse que o término era “inadmissível”. Uma noite antes do crime, o casal brigou e só pararam após a Polícia Militar ser acionada pelos filhos da vítima. Os policiais foram ao local, mas Leonardo não estava mais em casa.
Horas depois, Leandro retornou ao local, foi à cozinha da casa, pegou uma faca e golpeou Joelma com 9 facadas. Ao todo, três golpes foram desferidos contra o rosto de Joelma, cinco nas costas e uma no tórax, sendo esta última a fatal, segundo a delegada Elaine Benicasa.
“Quando a equipe da Deam chegou até lá, ela já estava morta”, explicou a delgada. O assassinato ocorreu na frente dos cinco filhos. O de oito anos estava ao lado da mãe, no sofá.
Leonardo foi encontrado algumas horas após o crime em uma rua no bairro Caiobá. No momento em que foi pego, trocava de roupa para tentar despistar a polícia e fugir. Em depoimento, o suspeito não demonstrou arrependimento, como comentou a delegada.
Os filhos de Joelma também foram ouvidos em depoimento. “A filha presenciou o momento em que Leonardo dizia que a mulher iria largá-lo. A vítima dizia que não ia deixá-lo. Quando Leonardo saiu, no entanto, a vítima disse para filha ‘ele vai voltar e me matar’”, apresentou a delegada.
Um dos filhos de Joelma, de apenas 8 anos, estava ao lado do corpo da mãe quando a polícia chegou ao local. A criança foi ouvida na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). O depoimento dos menores foram importantes para entender a dinâmica do crime, como salienta a delegada.