Ao todo, são cumpridos 33 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão em seis estados brasileiros; a ação é realizada por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais
Depósitos de drogas em Campo Grande são alvos de uma operação conjunta entre o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais nesta terça-feira (31). Ao todo, são cumpridos 33 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em seis estados brasileiros.
A Operação Entreposto visa desarticular um esquema de tráfico de drogas “comum” em Mato Grosso do Sul: os traficantes atravessavam a fronteira do país com cargas de drogas e as escondiam em depósitos, galpões e residências de Campo Grande ou cidades vizinhas e depois usavam transportadoras de fachada para levar os entorpecentes no meio de cargas lícitas.
Segundo a polícia, o destino das drogas, geralmente, eram São Paulo e Minas Gerais.
Até o momento, não foi revelado o número de mandados cumpridos em Campo Grande. Além de Mato Grosso do Sul, as equipes cumprem buscas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso. Prisões já foram feitas, mas os nomes dos suspeitos não foram divulgados.
O início
Toda a investigação da Operação Entreposto começou durante ações de uma outra operação: a Tribunal do Crime.
No dia 18 de agosto do ano passado, as equipes do Gaeco de Uberlândia saíram as ruas para cumprir seis mandados de busca e apreensão e cinco de prisão contra um grupo que meses antes havia sequestrado e torturado um homem no Assentamento Maná para vingar um suposto desvio dentro da facção.
As investigações em Minas Gerais terminaram na descoberta de um entreposto de drogas no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. Equipes do Batalhão de Choque foram ao local e apreenderam 7,5 toneladas de maconha.
Nove suspeitos foram presos no local, são eles: Bruno Tadeu Candido de Barros, de 28 anos, Deivison Flavio Mel de Barros, de 27, Edmar Alves Ferreira, 32, Felipe Odilon Gomes, 31, Jesse Ferreira Alves Junior, de 33, José Carlos Goncalves, 59, Marcos Antonio Nascimento de Brito, 45, Ricardo Franco de Freitas, 49, e Ronaldo de Oliveira dos Santos, de 27 anos.
Na época, o dono do local não havia sido identificado. Por isso, foi feito o compartilhamento de informações com o Gaeco de Mato Grosso do Sul, que avançou nas investigações até a operação desta terça-feira.
Em Uberlândia são cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.