Jovem compartilha a conversa e explica que a cantada não foi o que mais a surpreendeu
Priscila Campolim, estudante de jornalismo de 20 anos, recebeu uma mensagem de procedência duvidosa na noite da última terça-feira, 6. Rapidamente, a jovem notou que se tratava de uma fraude. Em meio à conversa, o sujeito anônimo, que se dizia atendente de um banco, assumiu a tentativa de golpe e aproveitou o momento para flertar a vítima.
A jovem compartilhou a conversa que mostra o criminoso dizendo ter clonado seu cartão e a ameaçando ao expor ter acesso a suas informações pessoais.
Priscila retruca as mensagens, mas não consegue descobrir como o golpista conseguiu seus dados. Até que, em um dado momento, o criminoso resolve paquerar a vítima e envia a mensagem: “Nossa, Pri. Mas você é uma gatinha, hein”. Depois disso, ele desiste do golpe e, até mesmo, diz para a jovem tomar cuidado.
Apesar da situação curiosa, Priscila conta que o que mais a surpreendeu na troca de mensagens não foi a cantada, mas o fato de o golpista ter diversas informações sobre sua vida pessoal. “Isso me deixou bem nervosa. Por fora, eu estava com medo dele usar meus dados para alguma coisa”, desabafa.
Mas, como tática de comunicação, ela optou por seguir sendo simpática na conversa. O objetivo era se livrar do golpe e descobrir como ele sabia tanto sobre ela.
Essa não foi a primeira vez que alguém tenta enganar Priscila pela internet. “Sempre recebo várias mensagens de tentativa de golpe, acho que todo mundo recebe. Por isso que eu já identifiquei fácil, porque é muito comum”.
No fim das contas, Priscila não fez nenhum boletim de ocorrência sobre o ocorrido e também não denunciou o número de contato. Por motivos de segurança, ela julgou ser mais prudente apenas bloquear o número.
Repercussão
Quando Priscila passou pela situação, compartilhou os prints com um grupo de amigos próximos em seu Instagram. Ela explica que sempre usa a rede social para contar a esses “melhores amigos” as situações engraçadas que acontecem com ela.
Mas o que era para ser um acontecimento cotidiano, acabou ganhando novas proporções. “Como sou do meio jornalístico, tenho amigos que trabalham em veículos de comunicação”, explica. Foi assim que uma de suas amigas, estagiária de jornalismo que viu sua publicação, perguntou se poderia transformar o caso em notícia e Priscila deixou.
Depois disso, a história do golpe que terminou em cantada ganhou ampla repercussão na internet. Apesar de receber alguns comentários negativos, que criticam a jovem por “querer ser amiga do bandido”, Priscila diz que a maioria das mensagens que a enviam são positivas.
Além da paquera do golpista, Priscila também passou a receber cantadas de desconhecidos em suas redes sociais – tanto por mensagem privada, quanto por comentários nas últimas fotos de seu perfil no Instagram.
Há diversas mensagens como “na verdade, você que é o golpe”, “não sou ladrão, mas deixa eu roubar seu coração?!” e “eu também desistiria do golpe”. A jovem está sendo, até mesmo, chamada de “encantadora de golpistas” por seguidores desconhecidos.
Questionada sobre como se sente com os comentários que relacionam sua beleza à tentativa de golpe, Priscila conta ao Terra que leva as mensagens como elogio. “Surpreendentemente, me mandaram poucas mensagens desrespeitosas. O que mais me incomodou foi o fato de as pessoas não lerem a história toda e me julgarem como se eu também estivesse interessada no flerte”, ressalta.