As comunidades religiosas reafirmam seu compromisso com a luta contra todas as formas de violência e discriminação
A comunidade religiosa de matriz africana em Campo Grande se manifestou com veemência contra os recentes casos de abuso sexual envolvendo o pai de santo Robson Faciroli. Líderes religiosos e grupos representativos das religiões de terreiro reforçaram que tais atos são condenáveis e não representam os valores de suas crenças.
A prisão de Robson Faciroli, acusado de estuprar adolescentes em um terreiro de candomblé, gerou uma onda de repúdio e indignação por parte das comunidades religiosas de matriz africana em Campo Grande. Líderes religiosos e entidades representativas do segmento se manifestaram publicamente, condenando os crimes e reafirmando os valores de respeito e proteção presentes nas suas crenças.
Em nota, o pai de santo Juan Raphael Martinez, membro do grupo “Respeito sua fé, respeite meu axé”, ressaltou a importância de não generalizar os crimes de um indivíduo e manchar a imagem de todas as religiões de matriz africana. “Reforçamos a todos a necessidade de não generalizar e equiparar os religiosos de matriz africana e os povos de terreiro com os atos criminosos recentemente expostos”, afirmou o sacerdote da umbanda, conhecido como pai Juan Sángò, da Casa de Caridade Dona Tida.
A Federação das Religiões de Povos de Terreiro de Mato Grosso do Sul também se manifestou, condenando os atos de Robson Faciroli e classificando-o como um “falso profeta”. O presidente da entidade, Deamir Ribeiro, o bàbá Deá Odé, destacou que “infelizmente, como em toda religião, existem os falsos profetas que se aproveitam da situação para satisfazer a sua lascívia e seus desejos frustrados”.
É importante ressaltar que os atos criminosos de Robson Faciroli não representam os valores das religiões de matriz africana, que prezam pelo respeito, pela espiritualidade e pela proteção dos mais vulneráveis. As comunidades religiosas reafirmam seu compromisso com a luta contra todas as formas de violência e discriminação.