Uma delegada da Polícia Civil denunciou o comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o segundo-tenente da Polícia Militar Rodoviária, Adriano Aparecido Pereira Mendes de Figueiredo, em Paranaíba (MS), por importunação sexual em um restaurante.
Adriano foi solto durante o plantão judicial e, com isso, a juíza plantonista dispensou a audiência de custódia, que seria realizada nesta segunda-feira (24). Agora ele vai responder o processo em liberdade.
O caso de importunação ocorreu no sábado (22). Em Boletim de Ocorrência, a delegada relatou que aguardava o marido – também delegado – pagar a conta no estabelecimento, quando o comandante da Polícia Militar que estava próximo passou a proferir comentários libidinosos contra a vítima.
“Você faz marca de biquíni e depois fica escondendo”, relatou a delegada sobre a fala do comandante da Polícia Militar.
Segundo a delegada, a frase desrespeitosa foi repetida por duas vezes, uma primeira e a outra logo depois, quando a vítima pediu para que ele repetisse o que tinha falado.
De acordo com registro policial, ao ser informado do ocorrido, o marido da vítima, que também é delegado, questionou o homem, que negou ter dito algo desrespeitoso à mulher e ainda alegou ter apenas cumprimentado a vítima.
Em dado momento, o homem acabou revelando que era comandante da PM, na cidade, onde mora há cerca de 10 meses. O marido da vítima deu ordem de prisão ao suspeito e os próprios colegas de farda foram chamados para acompanhar o comandante até a delegacia.
No local, o suspeito, que apresentava sinais de embriaguez, conforme boletim policial, passou a desacatar policiais civis. Ao delegado de plantão, o autor negou, mais uma vez, ter dito o que a vítima escutou, mas se negou a falar sobre o ocorrido.
Por não ter uma cela especial em Paranaíba, o homem foi transferido para Campo Grande.
Em nota, a Polícia Militar informou que o caso será investigado. “Em atenção à solicitação feita por Vossa Senhoria, a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que o caso será investigado mediante Inquérito Policial”.