Os tinham o hábito de beber e jogar sinuca juntos na mesma residência em que o crime aconteceu; três armas foram apreendidas no local, duas da vítima e uma do autor
O homem morto Octávio Cardoso Domingos de 38 ano, ao invadir uma casa do bairro Coronel Antonino armado, na noite dessa quinta-feira (5), era “conhecido de longa data” do morador Anderson Silva Nogueira, de 34 anos. Ainda assim, teria ameaçado o amigo e atirado várias vezes contra ele antes de ser atingido por um tiro na cabeça.
Essa versão do crime foi contado pelo próprio morador, um eletricista de 37 anos.
Em depoimento a polícia, o homem revelou que ele e a vítima se conheciam há muito tempo e que Octavio chegou a prestar serviço em sua casa. Mas a relação dos dois ia além disso: bebiam e jogavam sinuca juntos na residência em que o crime aconteceu.
Justamente por isso, assim que viu Octavio chegar em uma caminhonete F-1000 azul, abriu o portão de elevação para ele entrar.
Mas dessa vez, revelou a polícia, foi diferente. Octavio desceu com duas armas nas mãos e teria dito: “’o bichão, bichão, vou fazer uma coisa agora que não tem mais volta, e não adianta correr não porque senão vai ficar pior”.
Na versão do morador, ele tentou argumentar de que não havia motivos para o amigo fazer aquilo, mas enquanto falava, aproveitou para se afastar e correr para dentro do imóvel. Ele conseguiu entrar e trancar a porta, mas lá fora os tiros começaram.
Segundo o eletricista, Octavio atirou várias vezes conta a casa trancada. Para se defender, ele pegou a arma que estava no guarda-roupa e revidou. O homem alegou a polícia que, por causa do nervosismo, não se lembra quantos tiros deu. Mas o fato é que ele atingiu a cabeça do “invasor”, depois, chutou as duas armas para longe das mãos dele e ligou para a polícia.