Indicação de parceiro para interventor da Federação de Futebol é rechaçada em Mato Grosso do Sul
Iniciado há 26 anos, o ciclo de Francisco Cezário na presidência da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul teria sido interrompido no último dia 21, quando ele foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na Operação Cartão Vermelho. Teria, só que não. Mesmo na cadeia ele continua embaralhando, dando as cartas e jogando de mão, acoitado pela Confederação Brasileira e Futebol (CBF).
A sobrevida política que lhe resta manteve o privilégio de ser ainda o responsável por algumas medidas de controle na FFMS, uma delas, hoje a mais importante, a de indicar o interventor da entidade. Cezário, que está na condição de presidente afastado (pela prisão), indicou seu vice, Estevão Petrallas. Não tanto por si, mas pelo “patrocínio” de um dirigente corrupto, o nome de Petrallas é bombardeado implacavelmente.
VELHACARIA – Além de figuras respeitáveis de diversos segmentos profissionais, políticos e sociais, as pessoas insuspeitas que atuam nos meios esportivos rechaçam mais esta velhacaria de Cezário. Dirigentes de nove clubes do Estado subscreveram um abaixo-assinado protestando contra a nomeação de Petrallas para presidir a Federação na condição de interventor.
O documento foi enviado ao presidente do TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul), Patrick Hernands Santana Ribeiro. Os clubes também decidiram adiar o início do Campeonato Sul-Mato-Grossense Sub-20 em uma semana. Petrallas está entre os oito vice-presidentes da Federação. Já presidiu o Operário, sendo atualmente o presidente do Conselho Deliberativo.
Assinaram o documento contra a nomeação de Petrallas o Dourados (DAC), 7 de Setembro, Comercial, Ivinhema, Operário Caarapoense, São Gabriel, Cefac/Esquerdinha; Portuguesa e Novo. Cezário tem 77 anos e foi preso com a descoberta de desvios superiores a R$ 6 milhões na FFMS, além de outros atos irregulares, como a nomeação de parentes.