Henrique Abraão Gonçalves da Silva foi encontrado em condomínio de apartamentos na Rua Rachid Neder nesta quarta-feira (24); agora passa por audiência de custódia
Uma operação contra um grupo criminoso envolvido com a exploração de jogos de azar e o tráfico de drogas e armas no Ceará, prendeu uma pessoa em Campo Grande nessa quarta-feira (24). Henrique Abraão Gonçalves da Silva foi encontrado em condomínio de apartamentos na Rua Rachid Neder com munições calibre .380 e 9 mm.
Conforme o boletim de ocorrência, Henrique era um dos 22 alvos de prisão preventiva da operação Primma Migratio, que mirou uma organização criminosa de matriz paulista que operava atividades ilícitas no Ceará.
Os mandados foram cumpridos em quatro estados; Ceará, São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Aqui, uma das equipes da Polícia Federal foi ao prédio da Rachid Neder, na capital, em busca de Henrique.
Chegaram cedo, com as ordens de prisão e de busca e apreensão em mãos. Segundo o registro do flagrante, enquanto esperavam todos os policiais subiram até o apartamento do alvo, parte da equipe ficou na porta de Henrique e ouviu ele ao telefone. Na conversa, reforçou que não tinha movimentação em Campo Grande e pediu para ser avisado “sobre qualquer novidade”.
Os policiais bateram a porta logo em seguida e pediram para que ele abrisse. O que não aconteceu. Só depois do aviso de que invadiriam o apartamento, Henrique permitiu a passagem da equipe.
Depois ele alegou que demorou a abrir porque minutos antes foi avisado de a casa da avó também foi alvo de busca e apreensão e por isso sabia da operação.
Nas buscas pelo apartamento, os policiais encontraram uma maleta com 19 munições calibre .380 e dez munições calibre restrito 9mm, dois carregadores, um kit de limpeza e empunhadura da arma Jericho II de origem e procedência estrangeiras, acessórios de calibre restrito.
Em depoimento, Henrique relevou que tentou comprar uma arma Jericho ao mesmo tempo que tentou a licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), chegou a pagar R$ 15 mil de entrada e recebeu a maleta em troca, mas nunca conseguiu o documento e com a demora, o despachante sumiu sem entregar o armamento e nem devolver o dinheiro.
Henrique não falou sobre as acusações da justiça de Ceará. Pelo porte de arma, ele deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (25).
A Operação
Conforme a Polícia Federal, durante dois anos de investigação foram coletadas evidências de que a cúpula do grupo criminoso migrou de São Paulo para o Ceará para implantar atividades clandestinas rentáveis, como o “jogo do bicho” e o tráfico de drogas e armas.