Histórico de apropriação indébita marca a trajetória da advogada
A advogada Eliana Emídia da Cruz, 47 anos, proprietária de um supermercado na Vila Entroncamento, em Campo Grande, voltou a ser presa nesta quinta-feira (3), após ser flagrada pela segunda vez furtando energia elétrica em seu estabelecimento. A situação chama atenção não apenas pela reincidência, mas também pelo histórico da advogada, que possui registro profissional suspenso e já foi denunciada por apropriação indébita.
Na primeira prisão, ocorrida no dia 26 de setembro, Eliana foi autuada em flagrante durante a Operação Lumens, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon). Na ocasião, a fraude no medidor de energia já causava um prejuízo estimado em R$ 87 mil à concessionária.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS) foi novamente notificada sobre a prisão da advogada e está acompanhando o caso. A entidade informou que adotará as medidas cabíveis de natureza ético-disciplinar, respeitando o direito à ampla defesa e o contraditório.
A prisão de Eliana Emídia da Cruz expõe um histórico de irregularidades por parte da advogada. Além do furto de energia e da venda de produtos vencidos, ela já foi denunciada por apropriação indébita em duas ocasiões. Em 2022, uma cliente a acusou de não repassar o valor de uma indenização que havia recebido em nome da cliente. Em 2017, outro caso semelhante foi registrado.
A prisão da advogada gera diversas reflexões sobre a ética profissional e a importância de cumprir a lei. A OAB-MS deverá apurar a conduta de Eliana e poderá aplicar sanções disciplinares, como a cassação do registro profissional.
O mesmo aconteceu com outra cliente da mulher em 2017, na época o valor da indenização foi de R$ 14.407,31, mas o processo está suspenso.