Na postagem, ela cita a execução do advogado Rodrigo Crespo, no Centro do Rio
Horas antes de ser morta em frente à casa onde vivia, em Parnamirim (RN), a advogada criminalista Andreia da Silva Teixeira, de 44 anos, compartilhou uma publicação na qual lamentava recentes assassinatos de colegas de profissão. Na postagem, ela cita a execução do advogado Rodrigo Crespo, no Centro do Rio. Andreia foi morta pouco depois de 0h40, nesta quarta-feira.
“Dias atrás, a Dra. Brenda foi vítima de homicídio na frente da delegacia. Hoje, Dr. Rodrigo Crespo foi vítima de homicídio na frente da OAB/RJ. A advocacia, mais uma vez, sendo atingida. Mais uma vez, está de luto. É lamentável e revoltante! Quem será o próximo? Minhas condolências aos familiares, amigos e colegas de profissão”, diz a publicação compartilhada por Andreia.
A Polícia Civil investiga o caso. Além de Andreia, um homem apontado como seu companheiro, identificado como Lenivaldo César de Castro, de 52 anos, também foi morto. As vítimas estavam em frente à casa da advogada, em um condomínio da região de Parnamirim, na Grande Natal.
O crime
Imagens registradas por câmeras de segurança do condomínio mostram a ação do criminoso, que teria chegado ao local em um carro sedã de cor escura. Nas imagens, é possível ver que Andreia retira itens do porta-malas de um veículo quando o autor dos disparos se aproxima.
Segundo informações da Polícia Militar, o crime aconteceu pouco depois de 0h40, e agentes foram acionados para o local. Lá, encontraram os dois corpos caídos ao solo, em frente à casa. Em relato aos policiais, a mãe da advogada confirmou a profissão da filha e disse que o filho da vítima havia “desaparecido” após os disparos.
Em nota oficial, a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte afirmou que teve conhecimento da morte de Andreia, e diz que, “segundo informações preliminares, não há indícios de envolvimento com a atuação profissional da advogada”, que era criminalista. A Ordem alegou, ainda, que irá acompanhar as investigações.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Parnamirim, e as investigações prosseguirão. “Em momento oportuno, a Polícia Civil irá divulgar novidades sobre o caso, que segue em sigilo”, diz a corporação.