Durante as investigações, foram levantados 321 pontos com possíveis fraudes. Destes, 114 já foram fiscalizados, resultando na condução de 88 pessoas, para as delegacias de Polícia Civil
Foi divulgado na tarde de quinta-feira (8/8), balanço do primeiro semestre da operação “Luminar”, destinada ao combate de fraudes em medidores de energia em residências e estabelecimentos comerciais da cidade. A operação teve início em fevereiro e em todas as ações houve auxílio da Coordenadoria-Geral de Perícias, da Polícia Civil, além das delegacias dos municípios vistoriados.
Até o momento, passaram por fiscalização 14 municípios em 16 ações. Elas ocorreram em Rio Verde (4 conduzidos), Bela Vista (4 conduzidos), Amambai (4 conduzidos), Corumbá (7 conduzidos), Costa Rica (7 conduzidos), Nova Alvorada do Sul (8 conduzidos), Ribas do Rio Pardo (5 conduzidos), Miranda (6 conduzidos), Ivinhema (7 conduzidos), Itaporã (5 conduzidos), Água Clara (4 conduzidos), Sidrolândia (7 conduzidos), Campo Grande (12 conduzidos) e Glória de Dourados (8 conduzidos), totalizando um prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
Durante as investigações, foram levantados 321 pontos com possíveis fraudes. Destes, 114 já foram fiscalizados, resultando na condução de 88 pessoas, para as delegacias de Polícia Civil.
Essas pessoas serão responsabilizadas criminalmente pela prática ilegal de manipulação do sistema de medição, nos crimes de furto ou estelionato, conforme os artigos 155 e 171 do Código Penal brasileiro.
Com esta atuação ostensiva, 2024 apresenta um número de ilegalidade 60% maior que todo o ano passado, conforme balanço apresentado pela Energisa.
De janeiro a junho deste ano foram identificadas 4.236 irregularidades, sendo que em todo o ano de 2023 foram 6.949.
O delegado ressaltou ainda que “o foco da ação não é prejudicar famílias em vulnerabilidade social e sim coibir aqueles que pela ganância querem potencializar seus lucros, desviar recursos e que deixam de incrementar a arrecadação da concessionária, que tendo prejuízo acaba sendo obrigada a aumentar a conta de energia, impactando toda a população, além do Estado que deixa de arrecadar recursos, que poderiam ser utilizados para a saúde, a segurança ou em benefícios sociais”, explicou.
No primeiro semestre de 2024 foram mais de R$ 28 milhões que deixaram de ser repassados aos cofres públicos, número 27% maior que o mesmo período de 2023, quando o valor não repassado foi de pouco mais de R$ 22 milhões.
Vistoria
De acordo com as informações levantadas, após investigações preliminares e análise de dados fornecidos pela concessionária de energia elétrica, foram identificadas discrepâncias significativas nos registros de consumo, o que levou as equipes de policiais, peritos e técnicos da Energisa a vistoriarem padrões de energia elétrica nos imóveis.