Garras detém PMs e apreende 700 máquinas do jogo do bicho
Uma das atividades lincadas com o crime organizado, o jogo do bicho é um dos antigos desafios às autoridades brasileiras. Em Mato Grosso do Sul, a contravenção está sendo enfrentada mais ostensivamente, graças ao modelo de vigilância e repressão montado pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Publica (Sejusp), no governo de Reinaldo Azambuja (2015-22) e mantido pelo seu sucessor, o também tucano Eduardo Riedel.
Na segunda-feira, 16, mais uma operação policial direcionadas para atingir os contraventores acertou um alvo. A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) deteve em uma residência do Bairro Monte Castelo dois policiais militares aposentados (um major e um sargento) e apreendeu no local 700 máquinas utilizadas no jogo do bicho. Os agentes estavam na região investigando um sequestro, quando fizeram o flagrante.
Os resultados convincentes que o Estado vem alcançando na redução dos índices gerais de criminalidade resultam de intervenções estrategicamente planejadas pela Sejusp, chefiada pelo secretário Antônio Carlos Videira, e os dois condutores das forças de segurança, o delegado-geral de Polícia Civil, Roberto Gurgel de Oliveira Filho, e o coronel Renato dos Anjos Garnes, comandante da PM e presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia.
O delegado do Garras, Fábio Peró Paes, disse que nenhum dos dois militares detidos assumiu a propriedade das maquininhas ou do imóvel, até afirmando não saber a quem pertencia. Algumas máquinas eram novas e as demais estavam com os extratos das apostas. O jogo do bicho é tipificado como contravenção penal desde 1941 (Lei 3.688). Uma das suspeitas que marcam a atividade é a prática da lavagem de dinheiro.