Polícia fechou cerco ao papão de verba publica e parça de Marquinhos em escândalo sexual
Um dos nomes da nova e suspeita grã-finagem empresarial de Mato Grosso do Sul, o empresário André Luiz dos Santos, alcunhado de Patrola, não conseguiu sair a tempo: a casa em que montava os milionários esquemas para fraudar licitações do poder publico foi ao solo, caiu, derrubada pelas denúncias do Ministério Publico e investigações policiais.
Na quinta-feira, 15, agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) realizaram a Operação Cascalhos de Areia, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Patrola, um dos alvos, figura bem conhecida do MP e da Polícia, vinha frequentando com liberdade e desenvoltura os bastidores de importantes personalidades da política e dos negócios.
Contra ele pesam suspeitas que o colocam como líder de organização criminosa especializada em desvio de verbas publicas, fraude e lavagem de dinheiro, por meio de contratos fraudulentos e voltados, principalmente, para obras de manutenção de vias não-pavimentadas e de locação de maquinário, entre outras. Os mandados foram expedidos pela 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social. Calcula-se, inicialmente, que os desvios sejam superiores aos R$ 300 milhões.
Patrola ganhou notoriedade ao ser identificado como um dos grandes papões de verbas publicas liberadas mediante obras e serviços remunerados por meio de contratos inscritos em processos licitatórios fraudulentos. Entre as prefeituras que abasteciam o empresário estão as de Corumbá e Campo Grande. Nesta, inclusive, Patrola transitou tão à vontade que ficou amigo e parceiro do prefeito Marquinhos Trad, inclusive no escândalo de assédio sexual que liquidou politicamente o ex-gestor campo-grandense, levando-o a um dos piores paredões morais na recente campanha sucessória.
No Jardim Monumento está a sede da ALS, empresa com as iniciais do nome batismal de Patrola. O imóvel foi cercado pelos agentes do Gaeco e soldados do Batalhão de Choque da Polícia Militar. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Sisep) também teve seu prédio visitado durante a operação. No entanto, os agentes apenas conversaram com o secretário da Pasta, Domingos Sahib Neto, mas nada levaram.