Materializada uma conquista histórica: o BID está de volta, 20 anos depois de congelado
Criado em 1959 para financiar projetos de evolução socioeconômica sob os vieses da sustentabilidade e da gestão responsável, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é uma instituição que tornou-se imprescindível para o bloco continental. Suas operações de empréstimo cobrem 17 setores com subsídios e cooperação técnica.
Desde sua criação, em 64 anos o banco socorre o Brasil, país que tem o maior número de projetos por ele financiados – algo em torno de 14 mil, o que gerou um movimento superior a US$ 12 bilhões. Cerca de 25% desses empréstimos foram destinados ao setor de transportes. E é este um dos recortes que interessam diretamente a MS.
Na reformulação que realiza, o BID abriu ao Estado a possibilidade de ressuscitar o Projeto Pantanal, paralisado desde 2003. E foi o governador Eduardo Riedel que anunciou a reabertura do chamado BID Pantanal, após ver coroado o esforço de potencializar a capacidade de atrair investimentos tendo como contrapartida e garantia a solidez das finanças e a credibilidade do governo sul-mato-grossense.
Um dos focos estratégicos do governo estadual é assegurar para MS as melhores condições estruturais de logística, escoamento e transporte para que se torne um estado economicamente mais competitivo e socialmente mais habilitado na promoção do bem-estar e geração de oportunidades. Tudo isto sob a concepção conceitual que vigora desde a gestão anterior, plantada pelo governo de Reinaldo Azambuja, com o olhar contemporâneo do próprio Riedel, em seu posto na gestão estratégica.
Aí está, agora, materializada uma conquista histórica: o BID está de volta. E numa versão melhor ainda: o BID Pantanal. Nele, há necessidades de primeira hora, cuja assistência implica aportes financeiros vultosos, como é o caso da recuperação do Rio Taquari, uma novela que se arrasta há décadas. O governo estadual dá prioridade na preservação deste elemento vital na rede hidrográfica e no conjunto de todo o bioma.
Com recursos do banco e por meio dos ministérios da Agricultura e do Planejamento, o BID Pantanal se reanima 20 anos depois de congelado. Para ele, os investimentos pertinentes estão embutidos num “pacote” de US$ 200 milhões (cerca de R$ 989,5 milhões), sendo metade para MS e metade para MT.
O Grupo BID presta esse tipo de assistência financeira a 26 países, com a participação de representantes do governo, setor privado e sociedade civil. É um divisor de águas que os sul-mato-grossenses terão a seu favor, graças a gestores e lideranças atentos aos desafios de seu tempo.