Na entrevista que deu ao portal “O Jacaré”, longe de ser ufanista, o governador Eduardo Riedel foi cirúrgico e não traiu a realidade, mesmo nos detalhes mais significativos. Quando salientou, por exemplo, que até 2026 Mato Grosso do Sul seria “invadido” saudavelmente por empresas do setor industrial investindo R$ 100 bilhões e gerando milhares de empregos, a exposição de motivos não poderia ser outra senão destacar o que os investidores encontram no Estado.
Há fatores naturais, entre eles a diversidade de riquezas disponíveis sobre e sob o solo, a variedade plena dos modais de transporte e a posição estratégica, tanto para as necessidades internas como para os mais diversos intercâmbios com o exterior. Porém, tudo isto não seria suficiente ou capaz de promover o interesse e as aceleradas decisões dos investidores – e é aí que entra o papel determinante das políticas públicas.
Além dos dispositivos legais de fomento e da flexibilização tributária, o governo estadual vem garantindo há dez anos um volume de investimentos sem precedentes na história sul-mato-grossense. Basta conferir a enxurrada de aportes financeiros – em obras, serviços e outras formas de incentivo – que desde 2015, por meio do modelo municipalista de gestão, assistem reclames de primeira necessidade em 100% das 79 cidades.
Esta composição entre empresa privada e poder público só se efetiva por completo quando elege o protagonista central, que é a população, a voz máxima e legítima da vontade coletiva, a vontade que deve dar as direções e as prioridades para os investimentos financeiros e programáticos – porque sem o aval e a participação da sociedade tais ações se limitariam a conceitos estanques, que não evoluem e quase sempre morrem no nascedouro.
O novo Mato Grosso do Sul abriu, portanto, um caminho inverso, oposto ao que vinha seguindo, patinando ano após ano em seu esforço para definir uma solução concreta e duradoura de progresso. E ela veio em tempos de objetiva mudança. Foi assim por ocasião do corajoso empenho do governo de Reinaldo Azambuja para dar cabo das mais de 200 obras inconclusas que encontrou ao assumir e, ao mesmo tempo, lançar e adotar o municipalismo como guia de governança.
Em seguida, já na pandemia, em períodos de pico e de transição com o combate a seus impactos e a imperiosa necessidade de não deixar que o Estado caísse na paralisia, veio o governo de Eduardo Riedel. Sem ter às mãos varinhas mágicas ou recorrer a alquimias fantasiosas, ele criou novos e consistentes elos para conectá-los aos modelos vitoriosos já construídos e deu as senhas para justificar a expressão que dá nome à fotografia de Mato Grosso do Sul na mente dos que aqui investem: “ambiente favorável”
O sonho bom é fundamental e não há quem viva bem sem cultivá-lo, trabalhando e pondo sua inteligência e sua força para realizá-lo. Só assim se constroem sonhos bons mantendo-os vivos e justificados na realidade.