É estarrecedor o que vivenciamos atualmente em Campo Grande quando o assunto é o transporte coletivo. Os usuários são tratados como gado todos os dias. E fica cada dia mais claro que Agetran, Agereg, Câmara de Vereadores, Ouvidoria da prefeitura e o prefeito não estão nem aí para os desmandos do famigerado Consórcio Guaicurus.
Quem precisa se locomover todos os dias com o transporte público sabe o quanto é sofrido e humilhante encarar lotação nos ônibus, ainda mais nos dias de intenso calor em ônibus velhos que recebem pintura nova e são apresentados como novos. Veículos circulando sem condições que quebram no meio do trajeto.
Além do passageiro ter que ficar torcendo para o ‘busão’ não quebrar, ainda tem que ter a sorte do ônibus cumprir o horário e não atrasar muito. Um dos itens que consta em contrato entre a Prefeitura de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus, mas nunca saiu do papel, é a implantação do “Geo-monitoramento”. A ideia é que o passageiro possa monitorar o percurso do ônibus, mas por aqui os horários são divulgados ‘à moda antiga’: em um mural.
Os terminais de ônibus desagradam, não têm conforto e se tornaram ‘terra sem lei’. Usar o banheiro neste locais se tornou um ato de coragem. Além da sujeira, o usuário tem que conviver com o vandalismo. Desleixo total!
O sonho do campo-grandense que anda de ônibus é ter ar-condicionado no transporte público. Promessa de campanha do prefeito Marquinhos Trad. Mas a realidade é que o prefeito não cumpre nem o que assina, por isso os professores da Rede Municipal de Ensino (REME) ameaçam greve.
Mas vamos voltar aos coletivos, que tem uma das mais caras passagens do país e que mesmo piorando o serviço sobe de valor todo ano. Quem pega coletivo sabe como é: os ônibus lotados lideram as reclamações, principalmente quando estão em horário de pico. E nesta semana para susto geral um ‘passageiro’ inusitado’. Um escorpião em uma poltrona na linha 087 que faz o trajeto Terminal Guaicurus – General Osório.
Não basta o veículo ser ruim, esperar por eles também é um transtorno. Em Campo Grande, os pontos inadequados também geram reclamações. Em alguns casos não há sequer cobertura para o usuário do transporte público. Outra promessa de campanha com o carimbo de NÃO CUMPRIDA.
Não foram contabilizadas as transformações em Campo Grande durante este período, o que inclui aumento significativo na frota de carros, motos e caminhonetes que circulam diariamente pela cidade. Soma-se ainda o agravante dos buracos que tomam conta de ruas e avenidas.
Os reais problemas são mascarados, incluindo a má-qualidade das vias e a quantidade insuficiente de ônibus para atender em determinados horários.
É preciso ampliar atenção com o transporte coletivo, o que exigirá envolvimento de nossos vereadores e do Ministério Público. Chega de balela, o concessionário tem de cumprir todo o contrato de concessão. E quando o prefeito só “cumpre” artigos que beneficiam o Consórcio Guaicurus, era mister os vereadores se compadecerem com os usuários.
A única voz contra esse desrespeito é o combativo vereador Marcos Tabosa, que parece ser o único paladino em defesa dos campo-grandenses. Enquanto isso as queixas repetem-se, as desculpas continuam, mas a tarifa sobe. Está evidente que mudanças precisam ser feitas, mas não pelo caminho tortuoso que a administração municipal vem buscando. Em decorrência desta inércia de gestão e pelo tratamento desumano que o Consórcio proporciona o usuário vem comendo o pão que o diabo amassou!!
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