Dos predicados tidos como fatores centrais da vitoriosa e hercúlea estratégia de governança em Mato Grosso do Sul, a responsabilidade é o que se sobressai dentro de um compartimento de méritos que inclui em seu bojo a inteligência, o planejamento, a estratégia de gestão, a transparência e a singular capacidade de divisar as retas e curvas que levam ao futuro.
O Estado não se limitou a simplesmente dar uma prova de coragem e encarar os monstros vorazes da recessão. Isso seria cômodo, uma valentia supérflua e preguiçosa que só iria tornar mais fundo o abismo.
A coragem só se fez efetiva porque elegeu um guia determinante para seu êxito: a inteligência. E foi com ela, na estratégia de gestão com inteligência e planejamento, que o governo soube radiografar o organismo da crise, diagnosticar seus vetores e assim atacar o mal, sempre que possível, pela raiz, embora não tenha todas as medicações e tratamentos disponíveis.
Quando o governador Reinaldo Azambuja assumiu, em 2015, o quadro era de ingovernabilidade. O governo não a relativizou, mas também não a superestimou. Soube dimensioná-la em seu real tamanho e fazer a prospecção das possibilidades do Estado para resistir à pressão recessiva e, dentro desse processo, encaixar um modelo de recuperação ética, administrativa e financeira.
Destes três itens, só o das finanças ainda sente o impacto dos acumulados anos de endividamento e desmonte de governabilidade. E, ainda assim, Mato Grosso do Sul é nestes cinco anos (2015-2020) um dos mais destacados exemplos de desenvolvimento entre as 27 unidades federativas, com pontuações que o colocam nos primeiros lugares em rankings nacionais de avaliação sobre gestão, transparência, geração de empregos e atração de investimentos.
Este salto não está retratado somente nos repasses da folha do funcionalismo, que vem sendo paga em dia desde o primeiro mês de governo. Há um variado conjunto de intervenções que apontam os avanços e revelam a criatividade do governador e sua equipe, não só na busca de soluções para melhorar as receitas e criar condições mais civilizadas para reduzir o déficit, mas abrindo também novas opções de aquecimento das economias do Estado.
Aí está a arrancada de Mato Grosso do Sul para ingressar, com autoridade, no circuito das PPPs (Parcerias Público-Privadas). Uma delas é a que envolve os serviços da Sanesul. Dentro de 10 anos o Estado terá universalizado o esgotamento sanitário em 68 municípios, atendendo 98% da população e mobilizando investimentos de R$ 3,8 bilhões. Semelhante iniciativa, igualmente exitosa, aconteceu em dezembro passado, no primeiro leilão de concessão da um trecho da rodovia estadual MS-306. O consórcio Way, liderado pela Bandeirantes Engenharia, assumiu o direito de exploração pagando pela outorga R$ 605,3 milhões.
Agora, para completar, enquanto outros governadores e prefeitos derramam as suas lamúrias, o governo estadual e as 79 prefeituras sul-mato-grossenses comemoram o lançamento de mais um pacote de obras, com investimentos superiores a R$ 3 bilhões. Esse tipo de evento, com obras realizadas e em execução na capital e no interior, ocorre desde o início do mandato. E tomara que não seja interrompido. Afinal, quando se tem um governo responsável e cumpridor de suas obrigações, coisas assim acontecem.
GERALDO SILVA