Para enfrentar a criminalidade, uma das condições indispensáveis é a coragem. Para prevenir a sociedade e o patrimônio contra o crime, também a coragem é peça imprescindível. E sendo, portanto, elemento obrigatório para a solução ou a busca de solução ao desafio de estabelecer condições reais de segurança preventiva e atribuições repressivas à criminalidade, a coragem se impõe e só existe quando associada a outro item das vontades humanas: a atitude.
Na gestão do poder público, uma das atribuições inerentes à União, aos Estados e, em determinados contextos, aos Municípios, é instituir os meios e serviços estruturais para a proteção das pessoas e seu patrimônio. Todo e qualquer governo, assim como toda e qualquer polícia, precisam de bases sólidas para criar e executar políticas públicas sujeitas às pressões de maior impacto reativo por parte dos alvos que são ou serão afetados pela ação preventiva ou repressiva.
No caso do combate ao crime organizado, um dos mais estruturados e nefastos nichos de violência e de contaminação na sociedade, a coragem é um requisito a ser explorado em seu mais amplo e profundo significado. A coragem não é apenas ousadia, destemor, atrevimento. É um sentimento que deve ser impulsionado pela inteligência, e dentro desta a visão estratégica, o conhecimento das relações humanas e o peso das ambições, carências e vaidades que habitam os seres humanos.
E foi fazendo esta complexa imersão que o governo estadual deu à luz um planejamento conciso e realista, cientificamente traduzido para o aproveitamento na gestão estratégica corajosamente implantada em 2015 e estoicamente mantida até agora, com fôlego e vontade de prosseguir. É a coragem estribada conceitualmente, apontando para os ganhos sociais no bem-estar individual e coletivo, na guarda patrimonial e ambiental, no zelo acurado pelos seres mais fragilizados.
Mato Grosso do Sul saiu de um vácuo criado por deficiências que se acumulava havia várias décadas para alcançar um dos lugares de maior resolução em segurança pública. Sua política pública de segurança é um dos parâmetros nacionais.
Não é só um feito medido e mostrado por número convincentes e dados virtuosos. É uma afirmação gerencial e opcional de governos que tomaram atitudes ousadas para fazer com a política de equilíbrio fiscal e financeiro e as fortes parcerias uma diretriz de coragem para abastecer a planilha orçamentária que vêm garantindo investimentos locais e externos para fazer uma segurança preventiva, educativa e repressiva das melhores no território brasileiro.