Nem todo mundo que acha que pode ser candidato possui os requisitos necessários
Ainda estão faltando mais de 10 meses para a campanha e mais de um ano para as eleições. E daí? Bem, e daí é uma pergunta provavelmente feita por um incontável número de pré-candidatos que começaram a aporrinhar eleitores antes da hora, como se ganhar voto fosse uma tarefa de qualquer hora, qualquer tempo, qualquer lugar e qualquer candidato.
As coisas não funcionam assim. Tudo tem sua hora adequada, o seu jeito certo e as condições fundamentais para que o inalienável e legítimo direito de disputar um mandato seja assegurado. Mas, nem todo mundo que acha que pode ser candidato e sair por aí cantando “nana nenê” antes da esposa dar à luz possui os requisitos necessários.
Quem não faz a sua rigorosa autocrítica, não analisa sem receio as suas verdades – ou suas mentiras – ou não consegue aprender lições elementares da política, está fadado a ser um joguete de partidos ou de exploradores da boa-fé. E não adianta ter curso superior para ficar imune a esta doença terrível que se chama presunção.
Há que dar a César o que dele é, isto é sensatez. É reconhecer a força, o tamanho, a capilaridade e a qualificação de cada pessoa que se apresenta diante do eleitor na esperança de conquistar seu voto.
Em Campo Grande, há diversos nomes que chamam a atenção, pela envergadura de sua história, de sua posição. Exemplos não faltam: a prefeita Adriane Lopes, o deputado federal Beto Pereira, o ex-governador Zeca, o ex-governador André Puccinelli, entre outros.
E há os que chegam na base da aventura ou dos eventos inusitados que acontecem na política, a exemplo do que foi com uma parcela de gente que se elegeu sob as asas do bolsonarismo e até hoje não conseguiu ir além das próprias bravatas, com mandatos que se arrastam pelo chão baixo e lodoso de ideias descabidas.
Entretanto, democracia é para todos, sem exceção. Que cada um lute por seu espaço. Democraticamente. responsavelmente. E sensatamente. Não adianta a propaganda enganosa. Já era esse tempo. Que se abra a porteira. Contudo, que alguns tomem cuidados, pois há bois que atropelam e bois que são atropelados.