Esta terça-feira, 08 de agosto de 2023, é uma data de inquestionável e elevado valor histórico para a história do País. É o dia em que a posse de uma ministra, a primeira negra a integrar o colegiado deliberativo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), provocará um impacto dos mais fortes e mais positivos para a melhoria das relações humanas.
Tal impacto também intensificará a conscientização de quem ainda não descobriu que as mulheres e os afrodescendentes são dois dos maiores alvos da discriminação no Brasil e no restante do mundo. E que cada passo dado na direção do que propõem as políticas publicas afirmativas no rumo da igualdade e da justiça social, precisa ser replicado por cada segmento da sociedade civil.
Bem fazem os dirigentes governamentais e políticos, de diversos tons ideológicos, que acodem com seu engajamento as causas legítimas e das mais necessárias pelo empoderamento da mulher. Isto implica, além do ato de conscientizar ou de educar, o compromisso de associar a prevenção ao combate, sobretudo quando a discriminação de gênero se expressa pela via da agressão física, psicológica, emocional, financeira e de outros tipos.
Bem fazem aqueles dirigentes que tomam atitudes efetivas, concretas, como é o caso do governador Eduardo Riedel e do amplo leque de parceiros e parceiras a cada iniciativa do gênero. Esta semana ele fez o lançamento da maior campanha de combate à violência doméstica e familiar e em defesa de crianças, meninas e adultos do sexo feminino que sofrem abusos dentro e fora de casa.
É o mês de combate a esse tipo de violência. É o Agosto Lilás. É o mês que carimba os 17 anos da publicação da Lei Maria da Penha. E não por acaso, é o mês da posse de /edilene Lobo, a primeira negra a “invadir”, legal e saudavelmente, um ambiente criado e composto, até ontem, por indivíduos do sexo masculino.
Não é necessário um conflito entre homens e mulheres em todas as suas orientações. Longe disso. O que se quer é estabelecer vias de igualdade e de convivência sem injustiças, sem razões que imperem pela superioridade de gênero, de força, de status.
É agosto. Mas tomara que a cada mordida neutralizada e a cada latido de ameaça abafado pela lei o agosto deixe de ser o mês do cachorro louco.