Diariamente temos acompanhado o desdobramento de ações impetradas pelo Ministério Público envolvendo o ex-governador André Puccinelli e seus secretários em atos ilícitos, o que tem ocasionado sérios prejuízos ao erário e transtornos ao atual governo. A cada momento deparamos com imprevistos de ordem administrativa ou financeira, seja na condução da coisa pública ou de ordem estruturante, por conta de obras mal executadas, desvios de recursos e contratos sob suspeição.
Os oitos anos do governo Puccinelli, propagandeados como um dos melhores do País, se resumem a um grande engodo, maquiados de forma a enganar o eleitorado. Os reflexos desta desastrosa gestão do PMDB em Mato Grosso do Sul não estão apenas nos autos do Judiciário, que já colocou gente grande na cadeia – sejam políticos ou empresários acusados de envolvimento em esquemas de fraudes, propinas e outras maracutaias que hoje assombram a opinião pública.
O ex-governador, que na calada da noite, véspera de deixar o governo, liberou R$ 23 milhões para a gráfica Alvorada, contratada para confeccionar livros empilhados na Governadoria, deixou uma herança maldita para o seu sucessor, Reinaldo Azambuja. Quase uma centena de obras inacabadas, entre elas o “elefante branco” Aquário do Pantanal, cuja conclusão foi paralisada enquanto se investiga esquema de empreiteiras, favorecimentos e contratos superfaturados.
A queda de pontes mal planejadas, levadas pelas águas das fortes chuvas, é outro descalabro desse governo peemedebista. Sem falar da má qualidade do asfalto em rodovias estratégicas para o escoamento da produção. Não tem sido fácil para o governo tucano colocar ordem na administração, em tempos de crise, em decorrência dos estragos deixados por Puccinelli. As auditorias em contratos têm revelado a verdadeira face de sua gestão, onde poucos ganharam muito dinheiro.
As investigações coordenadas pelo Ministério Público e Controladoria-Geral da União também têm trazido à tona as irregularidades que se praticara. A mais recente diz respeito a contratação de uma empresa de informática, que realizava serviços exclusivos de servidores concursados, o que valeu mais uma ação contra o ex-governador por improbidade administrativa. Puccinelli coleciona processos por má gestão e até por coação de servidores.
O Ministério Público tem feito um grande trabalho no sentido de estancar esta terrível ferida – a corrupção – que corrói o Estado e o bolso do contribuinte. Cadeia aos maus administradores!
GERALDO SILVA