A tendência de pulverização na disputa pela prefeitura de Campo Grande é bem maior que a de polarização. Isto significa que vai chover candidaturas, todo mundo prometendo o paraíso. Prometer faz parte do jogo da política. Normal. O que não é normal os criadores de ilusões vão saber quando as urnas derem a resposta.
Os eleitores hoje têm vários meios de não ser enganados. As redes sociais estão aí, assim como a Internet, seus portais da transparência e os informes dos tribunais e das polícias. Só se deixa enganar quem assim o deseja. O eleitor mais atento deve ou vai checar o perfil do candidato, não aquele perfil bonitinho, maquiado pra divulgação, mas o outro, aquele que mostra os lados A e B de cada um.
Então será possível saber quem é quem e qual será a melhor solução para sua cidade. Uma cidade linda, mas muito judiada nos últimos dez anos, a mercê de gestões que se repetiram na incapacidade de entender as reais necessidades e aspirações de uma conjuntura urbana com quase um milhão de almas.
Infelizmente, Campo Grande, um município portentoso e viável para o melhor dos crescimentos, em pouco tempo ficou sob desgovernos, sem perspectivas concretas de livrar-se, entre outros males, das sinecuras e dos trambiques, praticados às custas do suado dinheiro do contribuinte.
Pode parecer exagero tal definição. Mas os fatos são implacáveis. Ou não foi trambique o festival de empreguismo desta gestão, quando o prefeito da época usou o famigerado Proerd para amparar dondocas e dondocos que votaram nele? Ou não é trambique o uso de contas secretas para financiar cargos comissionados sob a complacência dos órgãos fiscalizadores?
Que candidatos e candidatas se preparem, sobretudo quem vem aí para “salvar a Pátria”, os mandrakes de ocasião. Podem até usar roupa de povão, distribuir beijinhos e dançar o rasqueado nos palanques. Contudo, diante dos olhos vigilantes de quem está vacinado, estarão completamente sem roupa, despidos (as) e revelados.
Que se salvem as honrosas exceções. Que, felizmente, ainda existem.