Síntese do governador Reinaldo Azambuja sobre os primeiros quatro anos de mandato: erramos, acertamos, tentamos, mas acima de tudo não deixamos de elevar o interesse público acima dos demais interesses.
Uma frase que associa a humildade da autocrítica à consciência na afirmação de compromissos políticos, sociais e institucionais com a sociedade. Elevar o interesse público acima dos demais interesses é a principal regra do conjunto de valores que deveria mover todos os agentes com as responsabilidades de representação popular e coletiva.
Não é esse, infelizmente, o cenário político que se estabeleceu no País, com uma elite dirigente refém das sinecuras, viciada nas práticas arraigadas do estado cartorialista. A regra, assim, tornou comum nas intervenções governamentais garantir a supremacia do interesse menor, particular, pessoal.
O que dá alento são as exceções. Enquanto não se tornam regras, elas precisam ter realce com ampla visibilidade para que se forme e se cristalize, de fato e de direito, uma nova consciência de gestão e de representação política. É o que se pode constatar quando se tem um demonstrativo claro e concreto como é o de Mato Grosso do Sul.
O Estado era a soma de escombros financeiros, administrativos e operacionais quando o governador Reinaldo Azambuja assumiu, em janeiro de 2017. Desnecessário elencar nos detalhes o que todos os sul-mato-grossenses já sabem sobre o que era Mato Grosso do Sul há quatro anos e o que é hoje. No epicentro de uma crise universal, o Brasil que padecia na recessão econômica teve neste Estado uma de suas alavancas seguras para resistir e buscar o novo fôlego que parece estar encontrando.
Para atingir os resultados que o capacitaram a buscar a reeleição e renovar as projeções positivas para os próximos quatro anos, o governador se mantém ciente de que ainda terá de enfrentar e superar contextos agudos de recessão, porém sem abrir mão de investir na retomada do desenvolvimento humano e sustentável.
Para isso, não deverá abrir mão de um dos pilares do processo vitorioso destes quatro anos: a coesão de uma equipe capacitada, não só pelas qualidades profissionais e técnicas de cada pessoa, mas pela leitura atualizada e realista que se faz sobre o que é necessário, o que é imediato, o que pode ser estabelecido a médio e longo prazos.
Enfim, a capacidade neste jogo impõe que cada jogador saiba qual é a direção onde está o olhar de quem governa o Estado pelo qual trabalham. Se este olhar mira o futuro, então é seguir para frente, avançar, desafiar-se. Foi o que fizeram os nomes escalados por Reinaldo Azambuja, claro que com níveis diferentes de desempenho, mas obedientes à regência do técnico.
É transição de período administrativo. Vai começar novo mandato e existem as especulações de praxe sobre profundas mudanças, substituições, pressão política, remanejamentos, enfim, uma previsão traumática. Nada disso, contudo, está à mesa do governante. Ele sabe que, acima de qualquer coisa, tem um time. E em time que está ganhando – segundo o imortal e infalível ditado – não se mexe.
GERALDO SILVA