Se existem exceções positivas na gestão de Campo Grande, e deve haver, elas são poucas em quantidade ou qualidade, porque a fiel fotografia da Capital mostra uma cidade entregue à própria sorte. Procura-se há quase 12 anos um gestor ou gestora que contemple os mais legítimos anseios dos quase um milhão de moradores daquela que já foi reconhecida entre as mais belas e desenvolvidas capitais dos estados brasileiros.
Um único fato, comprovado oficialmente com pesquisas, números e informações livres de influências externas, seria suficiente para comprovar a veracidade destas lamentáveis e desabonadoras conclusões. Em junho deste ano – portanto, há pouco mais de dois meses -, a Agência Brasil divulgou os resultados do Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades) do ano de 2023, elaborado pela Open Knowledge Brasil (OKBR).
São reveladores os dados deste apurado levantamento. Reveladores e vergonhosos. No estudo sobre o desempenho das 26 capitais brasileiras no quesito transparência dos órgãos públicos, a gestão de Campo Grande teve três pontos, numa escala de zero a 100. Ficou em 18º lugar, classificação sofrível, enquadrada no nível “Opaco”, o mais baixo deste ranking, não é nem médio e está distante, muito distante, dos níveis “Bom” e “Alto”.
Além deste, há outros indicadores que mediram os desempenhos da gestão de Adriane Lopes nas finanças. E as radiografias demonstram, com clareza, que o “rombo” orçamentário e a falta de responsabilidade no uso da caneta que assina os cheques da prefeitura são as causas do caos nos serviços públicos de atribuição da prefeitura, principalmente na saúde, no transporte coletivo e na atração de empresas como impulso à geração de empregos.
Já era assim com Marquinhos Trad, o primeiro “vocalista” da dupla dinâmica formada com Adriane Lopes. E a capacidade dela transcendeu, conseguindo piorar a herança ruim que recebeu – uma herança que quer usar como pretexto para o desgoverno, fingindo não saber que é protagonista, e central, do desgoverno que agora critica.
Tiro no pé continua sendo a ordem-do-dia no quartel de Abrantes. Para que tudo fique como dantes.