Há realidades cujas fotografias são indesmentíveis. E entre estas, a que registra a presença soberana e alentadora das atividades agropecuárias e agroindustriais é uma das mais eloquentes, especialmente no Brasil, um dos países de maior foco na produção de alimentos, E tal patamar, para ser alcançado, contou e conta com a decisiva participação de Mato Grosso do Sul.
O agro sul-mato-grossense vai muito bem, obrigado. Com o trabalho, a capacidade e a consciência dos produtores, e com uma política pública de incentivo e leituras atualizadas de demandas, os empreendedores rurais e o governo estadual construíram este ciclo histórico. Os números – que não têm partido, nem ideologia, muito menos compromisso com vaidades -, dão um pouco da dimensão da realidade estadual.
No primeiro semestre deste ano, as exportações de Mato Grosso do Sul totalizaram US$ 6,012 bilhões, isto ainda pressionado pelas intempéries do clima e das oscilações do dólar, por custos encarecidos de transporte e retração de vários setores da economia. E mesmo 3,5% menor que igual período no ano passado, o saldo comercial continua positivo, com um superávit de US$ 4,389 bilhões.
Vale pontuar que, além do saldo em dinheiro, a economia do agro sul-mato-grossense diversifica-se e estimula o “boom” industrial, como demonstram as megaindústrias de celulose, uma já ativada, em Ribas do Rio Pardo, e outras em diferentes pontos, como Inocência e Três Lagoas. A soja, o boi e a celulose são os grandes protagonistas desta embarcação, que ainda tem o minério e as culturas de pequenos animais e grãos.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a indústria da celulose cresceu 46,05%, contribuindo com 21,32% das exportações totais. A carne bovina também mostrou um desempenho positivo, com um aumento de 29,28%, ocupando a terceira posição no ranking do comércio exterior.
Este desempenho abasteceu substancialmente a produção nacional. Em julho passado, as exportações do agronegócio atingiram US$ 15,44 bilhões, um crescimento de 8,8% em comparação aos US$ 14,20 bilhões de 2023. Em resumo, o mundo se alimenta tendo o Brasil entre seus maiores e mais ativos fornecedores. E Mato Grosso do Sul tem méritos indiscutíveis neste pódium.