Enquanto se preocupava em cuidar da sua própria imagem, e da sua autopromoção o ex-prefeito Marcos Trad torrou vultosa quantia de R$ 60 milhões– isso mesmo: sessenta milhões de reais – em publicidade e propaganda em detrimento de outras áreas que padecem por total abandono em Campo Grande.
Durante cinco anos, ignorou projetos e obras de infraestrutura para a periferia, prejudicando o progresso de regiões que esperam há anos por melhorias, como asfalto, esgoto, água tratada e luz. Sob Trad, o tempo parou para essas comunidades.
A renúncia do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), é cercada de mistérios. Por que essa obsessão de disputar o Governo do Estado, talvez na eleição mais difícil desde a criação de Mato Grosso do Sul? Ao tomar essa decisão, Trad está, na verdade, livrando-se de problema que ele mesmo causou, de seguir administrando o caos na Capital.
Deixou para sua sucessora, Adriane Lopes, a bomba de gerir uma cidade com 900 mil habitantes, quase uma metrópole, cujas receitas estão praticamente comprometidas com despesas obrigatórias, ou seja, que não podem ser reduzidas. Ela, até onde se sabe, nunca administrou nada e assume uma cidade totalmente inadministrável, cheia de obras intermináveis, com ruas fechadas, o centro nevrálgico esvaziado, obras prometidas e não realizadas e com comerciantes em estado de agonia.
Não é tão ruim que não possa piorar, um mês após o retorno do ano letivo nas escolas da Rede Municipal, alunos continuam sem Kit Escolar. São 107 mil crianças nas 204 unidades escolares espalhadas pelo município. Sem o material crianças carentes tem que ausentar das aulas. Os pais não tem condições de bancar a compra do kit. O Social nunca foi a prioridade de Trad, pelo contrário em certas ocasiões ele se mostrou sem compaixão jogando famílias ao relento.
Marquinhos se valia da autoridade que o revestia, para anunciar através da imprensa da cidade, aquilo que lhe convinha, ou seja, a verdade sob o ponto de vista de um administrador pouco preocupado com a qualidade da Educação que oferece à população. Suprir a demanda reprimida por vagas em Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs), foi incluída nas promessas de campanha. Porém ficou só na promessa como era de costume.
Fazendo um rápido comparativo é possível notar, ao ver os jovens de uniforme verde, se dirigindo as escolas, que o governo do Estado por sua vez, vem conseguindo cumprir com o estabelecido, não apenas pela Lei, mais por consciência de saber que sem Educação não há futuro. E não é so material escolar e merenda de qualidade, reformas nas unidades trazem mais segurança aos nossos filhos. O mesmo não podem afirmar os pais das escolas do município!
Tenho Dito!