Com 79 municípios, Mato Grosso do Sul está entre os estados que apresentam os melhores desempenhos no enfrentamento da conjuntura recessiva que há anos castiga a maioria dos países. A América Latina é um dos continentes que registram os problemas de maior gravidade, graças à secular tradição de endividamento externo e submissão aos ditames das nações mais desenvolvidas.
O Brasil sente os duros impactos desta realidade, mas graças ao desempenho de alguns estados, ainda logra respirar com fôlego surpreendente e resistir aos sérios abalos da retração econômica que causa desarranjo nas finanças, espingardeia o crédito e inibe os investimentos. Longe de ter seu equilíbrio federativo restabelecido e necessitando de medidas urgentes, o País fixa-se numa esperança de reerguimento que é semeada pelo desempenho de meia dúzia de estados no tratamento clínico da crise, com soluções que passam pela retomada do desenvolvimento e abertura de novas perspectivas econômicas e sociais.
Mato Grosso do Sul, mesmo com uma dose de contribuição ainda residual na composição do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, já deixou de ser uma parcela insignificante nesse gráfico. Ganha expressão a cada apuração demonstrativa que se faz sobre suas performances na captação de investimentos, geração de empregos, fomento agroindustrial e criação de condições estratégicas para alargar horizontes econômicos.
O exemplo mais gritante na radiografia desses indicadores está na presença do agronegócio, cada vez mais afirmativa e fundamental. Além disso, o panorama que se descortina com a construção, já em pleno andamento, das estruturas de sustentação da rota bioceânica, dão ao Estado uma posição estratégica invejável, única e extremamente valorizada como polo de captação e de distribuição de negócios nas áreas de importação e exportação.
Para completar, um fator singular vem abastecendo o currículo sul-mato-grossense nesta planície alentadora: o modelo de desenvolvimento implementado pelo governo do Estado e pautado pela visão municipalista, opção gerencial de compromisso pessoal de um governante que trabalha, diuturnamente, lado a lado com os prefeitos e prefeituras, câmaras de vereadores, organizações públicas e civis de representação local. Com isso, instala-se um processo extraordinário de esforços articulados para a busca de soluções e de respostas às demandas de cada localidade.
Em seu segundo mandato, e já com 58 meses de gestão, o governador Reinaldo Azambuja não deixou ao longo desse período de manter ativos os impulsos que movem esta engrenagem dinâmica e produtiva. Agora, com o Programa Governo Presente, cada região do Estado ganha renovados alentos. São obras novas, serviços aperfeiçoados e a atenção revigorada no âmbito de uma parceria que se justifica em excelência conceitual ao ignorar eventuais diferenças político-ideológicas.
Não é obra do acaso o tratamento que munícipes de todas as microrregiões dão ao governador, chamando-o de “segundo prefeito”. Isso não constitui qualquer forma de esvaziamento de autoridade ou redução da importância do titular na chefia do Executivo municipal, mas um recurso afetivo para agradecer e reconhecer a dimensão imensa do que significa um governo municipalista para municípios que, sem o Estado, não teriam hoje o que já conquistaram para satisfazer suas diferentes e prioritárias reivindicações.
GERALDO SILVA