A população campo-grandense deve – logicamente – ter ficado feliz e com renovadas esperanças neste meio de semana, quando o governador do Estado recebeu a prefeita de Campo Grande, tendo na pauta os problemas no transporte coletivo. Na verdade, o que o gestor transmitiu à gestora foi a sua disposição de colaborar na solução do problema.
E esta colaboração é uma vontade que não se limita simplesmente a um gesto protocolar de solidariedade ou compreensão. Trata-se, acima de tudo, da fidelidade de um governante ao compromisso feito com o povo para enfrentar e resolver suas demandas. E esta representa um desafio que só se agigantou porque as mais recentes gestões municipais não tiveram o cuidado e a competência para se antecipar aos problemas.
O que se tem no cotidiano do sistema de transporte é o acúmulo de cruéis equívocos que resultaram numa prestação de serviços ruim e que só piora a cada ciclo gerencial. Nada custaria e nada impediria que a prefeita, logo ao assumir, reforçasse as parcerias com o Estado para, juntos, criarem as condições que faltam para dar à sociedade as garantias e direitos que lhes são de direito.
A impressão que se tem é que a gestora, embora com residência fixa e realizando atividades políticas e sociais na Capital, parece que não conhece, não vê ou não se dá conta do sofrimento das pessoas que, para atender suas necessidades básicas, dependem dos ônibus. Para trabalhar, estudar, buscar assistência médica, pagar impostos, fazer compras, visitar familiares, ir a um parque ou apenas passear, o transporte coletivo é o meio – teoricamente – mais acessível para mais de 70% da população.
No início desta semana o governador Eduardo Riedel fez contundente apelo, à guisa de sugestão, oferecendo uma ideia que, a seu ver, pode trazer a solução ao angustiante problema. E pontuou que só dependeria da gestora para ser tomada a iniciativa. E em seguida a prefeita Adriane Lopes foi até o governante para manifestar seu interesse na busca conjunta destas saídas.
Nem tudo está perdido. Tomara. A esperança sobrevive, só precisa ser transformada em certeza.